A Rangel assinou um contrato com a Autoeuropa para ser o seu parceiro exclusivo por três anos, um marco que Nuno Rangel, CEO do Grupo Rangel, considerou “histórico”. Embora ainda não se saiba o valor envolvido nesta negociação, sabe-se que se trata de uma contratação de peso, e que poderá ser renovada por mais dois anos.
Em declarações ao Expresso, Nuno Rangel defende que este contrato “é muito relevante para nós porque se trata do maior construtor automóvel em Portugal, que em 2018 fabricou 220 mil viaturas e este ano estima produzir 250 mil”.
Este contrato irá envolver uma equipa de 750 colaboradores com 19 turnos semanais. Todo o processo logístico nas instalações da fábrica será feito pela Rangel num armazém de 21 mil metros quadrados, com a recepção das mercadorias de diferentes fornecedores. Para além disso, “temos uma área adicional de mais de 16 mil metros quadrados de logística interna, tudo feito com mais de 150 processos em 50 rotas internas”, explica o responsável.
O Grupo Rangel tem vindo a investir cada vez mais na área automóvel e da aviação, pelo que este negócio “muito desejado a nível europeu” se encontrava nos planos de Nuno Rangel, mas que acabou por se concretizar mais cedo que o esperado: “Na estratégia que montámos se calhar a Autoeuropa seria a cereja em cima do bolo que acabou por acontecer mais cedo do que prevíamos”.
“Em cinco anos queremos facturar €220 milhões nesta área, no acumulado. Com este contrato vamos dar um salto significativo no próximo ano” – Nuno Rangel.
Anteriormente, era o grupo DHL quem detinha este contrato, e o CEO não esconde que se trata de “um concurso altamente competitivo e muito técnico”, e explica que “estamos a falar da melhor fábrica do grupo Volkswagen em termos de inovação e eficiência”.
Este contrato irá trazer uma maior visibilidade internacional ao grupo, um passo importante para a história do operador logístico. “Se conseguimos gerir uma operação logística desta dimensão em Portugal, também conseguiremos fazê-lo em qualquer parte do mundo”, defende Nuno Rangel.
O contrato iniciou-se em Agosto, e deve-se esperar um aumento de 8,5% no volume de negócios da Rangel, para os 190 milhões de euros.
Embora tenha estabelecido grandes contratos recentemente, entre os quais a Bosch, a Stelia Aerospace ou o grupo INEOS, Nuno Rangel não esconde que é necessária prudência quando se fala no futuro, pois existem muitas incógnitas, referindo por exemplo o decréscimo da actividade na Alemanha, a guerra comercial ou o Brexit.
Presente ainda em Angola, Moçambique, Cabo-Verde e Brasil, o CEO revela que existe uma maior preocupação com Angola, mas que “Moçambique está a despertar, notamos ali um crescimento no movimento”.
No próximo dia 21 de Novembro, quinta-feira, a Rangel e a Volkswagen Autoeuropa estarão presente no Automotive Portugal, a nossa conferência para o sector da logística automóvel, onde irão explicar em maior detalhe esta parceria sob a representação de Rui Baptista, Logistic Business Manager da Autoeuropa e Nuno Ramalho, Country Manager da Contract Logistics Rangel Logistics Solutions.