Na próxima década, os desafios que se colocam à cadeia de abastecimento dos produtos hortofrutícolas virão de três quadrantes: tecnologia, comércio online e o consumo fora de casa. A conclusão foi publicada no relatório ‘Disrupção na distribuição de frutas e legumes’, elaborado pela Oliver Wyman e apresentado no arranque da Fruit Logistica, uma das maiores feiras europeias do sector hortofrutícola que decorre anualmente na cidade alemã de Berlim.
“Os mercados, o consumidor, as empresas e as tecnologias irão alterar a aquisição, o transporte e as vendas de produtos frescos. Os resultados assentam na ideia de um mercado cada vez mais globalizado e interligado, com base no crescimento da população, no aumento da procura em determinadas partes do mundo e num maior investimento em produtos alimentares”, é explicado no referido documento.
“O mercado de frutas e legumes frescos está cada vez mais globalizado e interligado”, salienta Rainer Münch, um dos responsáveis da Oliver Wyman que elaborou o relatório, o que, segundo o mesmo, “altera a forma como os produtos frescos chegam ao local de destino a partir do seu ponto de origem”.
Rainer Münch acrescenta que a supply chain das frutas e dos legumes “está a ser redefinida pela criação de novos segmentos de mercado, assim como pela evolução da procura dos consumidores”. A longo de toda a supply chain, as empresas envolvidas, desde o produtor ao comércio retalhista, “estão a expandir-se e a formar parcerias”.
EM SÍNTESE
- Tecnologia: A tendência será a criação de redes comerciais mais rápidas e mais flexíveis, que será caracterizada por uma maior transparência, sistemas de previsão mais refinados e, em muitos casos, uma colaboração mais estreita entre os parceiros na cadeia de fornecimento;
- Comércio online: O crescimento contínuo das vendas online de fruta e legumes frescos a nível global, impulsionado pelos custos de envio reduzidos, pelas melhores tecnologias de venda e pelo interesse crescente dos clientes, serão uma oportunidade;
- Consumo fora de casa: As expectativas por parte do cliente na área do consumo fora de casa vão aumentar, com o consumidor a exigir cada vez mais qualidade, conforto e variedade nos pontos de venda.