A gigante espanhola do têxtil reassume a sua aposta no online, procurando aumentar as receitas e optimizar os tempos de entrega dos seus produtos através de uma avançada plataforma de gestão e de uma tecnologia de identificação por radiofrequência (RFID). Até ao final deste mês todas as lojas da Zara, subsidiária do grupo Inditex, irão estar equipadas com a nova tecnologia do grupo: um stock integrado que contém informação de stocks físicos e digitais.
O grupo detentor da Zara tem 7.448 lojas por todo o mundo, das quais 59 em Portugal, e pretende já ter todas equipadas com este sistema SINT, que localizará todas as peças de vestuário e indicará ao comprador qual a melhor maneira de satisfazer o seu pedido online, o que no último exercício representou 12% do total. Através deste sistema, em vez de ser um dos 20 armazéns dedicados ao online a fazer este serviço, poderá ser a própria loja física a fazer este serviço.
Os responsáveis da Inditex contam que basta apenas 8 minutos, a partir do momento em que chega a encomenda, até ser embalada para o envio, e nesta nova fase as lojas não irão contar com mais funcionários para esta tarefa, resultando em ganhos logísticos e financeiros, bem como ambientais, devido à diminuição de distância percorrida.
Este distribuidor inteligente consegue gerir, em simultâneo, 900 encomendas, e entrega os artigos aos clientes sem que haja necessidade de contactar com qualquer funcionário, bastando apenas introduzir o código QR ou o código PIN recebido por e-mail depois de feita a confirmação do pedido, e a máquina localiza a embalagem e entrega-a ao cliente. A empresa admite que esta tecnologia possa estar disponível no Norte Shopping e no Colombo já no próximo ano. Ao mesmo tempo, investe também no espelho interactivo, estando os testes previstos para a loja de Milão, actualizando todas as informações sobre as colecções mais recentes nos ecrãs que ficarão dispostos em todos os pisos próximos às escadas rolantes.
Na última apresentação anual de resultados o gigante da moda conta já ter investido 1.800 milhões de euros no seu comércio online, e na integração entre as lojas físicas e o digital. Recorde-se que Pablo Isla já anunciara há algumas semanas que iria alargar as vendas online a todo o mundo, prometendo ainda que este sistema integrado irá abranger todas as marcas do grupo até 2020, entre elas as Stradivarius, Oysho, Bershka e Pull&Bear.