As crescentes incertezas sobre as políticas comerciais, a crise migratória e a cibersegurança têm levado a que as empresas procurem novos mercados para se abastecerem, o que implica que a indústria esteja preparada e focada em encontrar alternativas em termos de fornecimento de materiais.
Cinco dos maiores riscos para a supply chain mundial este ano estão a ser os factores de exposição a diversas ameaças em África, alterações políticas profundas, crescimento da crise migratória, cibersegurança e mudanças na Parceria Comercial Contra o Terrorismo dos serviços alfandegários dos EUA.
Jim Yarbrough, gestor do programa de inteligência mundial da BSI, comenta que as alterações à supply chain os inquietam: “estamos preocupados com as modificações nas cadeias de aprovisionamento, numa altura em que as empresas chinesas estão a transferir as suas operações para África, por exemplo, e os EUA estão a aprovisionar bens de países do Sudeste Asiático”.
De acordo com o relatório de um estudo feito por esta empresa, o “Screen Global Intelligence Report: Top Potential Supply Trends for 2019”, as empresas devem estar atentas a possíveis problemas que possam ter com o abastecimento, desde conflitos políticos, desastres naturais, exploração de trabalhadores, corrupção ou terrorismo. A BSI recomenda ainda que deverão apostar nas melhores práticas, no sentido de prevenir ameaças à continuidade dos negócios ou à responsabilidade social corporativa.
África é uma das novas apostas da China, devido à guerra comercial com os EUA, no entanto, é um continente que permanece muito afectado por alguns desses problemas, desde terrorismo, corrupção, entre outros.
Também o Brexit se insere neste tema, pois devido a este anúncio foram geradas imensas questões em torno da saída do Reino Unido da União Europeia, e isso influencia toda a economia do país. Muitas empresas deslocaram-se para dentro da UE devido à aplicação de taxas adicionais e a esta economia poder vir a perder uma grande estabilidade.
A BSI considera importante que as empresas que se estejam a deslocar tenham também atenção a riscos como a segurança, estado do local e meio envolvente (deficiências nas infra-estruturas, estradas ou portos geram atrasos nas entregas), conflitos ou alterações políticas.