Após o anúncio da possível fusão entre o Grupo Renault e o Grupo Fiat Chrysler, ambos abastecidos pela indústria portuguesa de componentes automóveis, cria-se um momento de incerteza relativamente aos próximos tempos, pois vários sectores nacionais poderão ser afectados. Apenas nos primeiros dois meses do ano foram gerados 1,472 mil milhões de euros em exportação, segundo os dados fornecidos pela Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA), um novo recorde que retrata 15% das exportações nacionais.
Para além da produção da fábrica da Renault, em Cacia, os fabricantes portugueses da indústria de componentes também asseguram produtos premium, entre os quais se encontram os estofos em pele e tecidos para o seu fabrico, os acabamentos de volantes (também em pele), molas dos assentos e moldes para peças técnicas e vidros.
A grande maioria da exportação é destinada à União Europeia, de entre a qual se destacam a Espanha, Alemanha, França e Reino Unido, e a indústria portuguesa considera impossível falhar fornecimentos para as marcas destes dois grupos, pelo menos em separado, pois um dos riscos da possível fusão será precisamente a justaposição da produção e respectivas redundâncias.