De acordo com o estudo da LevaData, 2019 Cognitive Sourcing Study, metade das organizações de procurement utilizam ferramentas básicas para a análise dos seus dados, como por exemplo folhas de Excel, e Richard Barnett, vice-presidente de marketing e alliances da LevaData, explica que nos dias de hoje isso já não é suficiente.
A evolução tecnológica está a avançar demasiado depressa, de tal modo que enquanto em 2017 52% dos entrevistados consideravam que as suas empresas estavam preparadas para a transformação digital, neste ano apenas 40% se encontram confiantes relativamente a essa revolução. Um em cada cinco inquiridos revelou mesmo que a sua empresa não tinha planos de se converter à revolução digital num futuro próximo.
Este retrocesso na maturidade digital das empresas limitou as capacidades dos profissionais de compras em obter a visão estratégica dos dados. O estudo revela ainda que os compradores passaram mais tempo a remediar falhas do que a construir uma vantagem competitiva.
Rajesh Kalidindi, fundador e CEO da LevaData, explica que a falta de informação centralizada numa empresa é um grande risco. “Entretanto, um pequeno, mas crescente número de empresas, estão a adoptar tecnologias transformadoras que irão permitir-lhes considerar estrategicamente milhões de pontos-chave que afectam a cadeia de abastecimento. Estas empresas são capazes de desviar significativamente os competidores.
Segundo Richard Barnett, a transformação digital vai para além de simplesmente migrar a informação de uma folha de Excel para um sistema ERP central. Actualmente esta simples mudança já não é suficiente, devido à grande quantidade de dados disponíveis para as empresas trabalharem. Defende que em vez disso devem apostar em softwares que podem incorporar informação-chave pela cadeia de abastecimento e analisá-la automaticamente de modo a permitir melhores e mais rápidas decisões… ainda que tudo seja mais fácil na teoria do que na prática.
Embora existam diversas razões para esta transformação mais lenta, o responsável da empresa assume que tudo se resume às pressões exercidas nos profissionais de compras para que cortem nos custos e mantenham níveis de oferta consistentes. Como os profissionais de compras são incentivados a entregar essas métricas, o investimento na inovação pode cair no esquecimento, ou não ser priorizado – o que Barnett considera irónico, visto que seria este investimento na inovação de dados que iria facilitar a tomada de melhores e mais rápidas e decisões, com menores custos.
Através de ferramentas analíticas mais sofisticadas, os profissionais de procurement podem obter vantagens das suas informações e incorporar mercados externos para reduzir os tempos de entrega e ter um impacto mais positivo sobre as receitas.