Muitas são as empresas que têm recorrido à digitalização para optimizar os seus processos e a indústria transformadora está a tentar adaptar-se às mudanças que se avizinham, equipando-se com as tecnologias necessárias.
Competências como Inteligência Artificial, Internet das Coisas, Machine Learning e ferramentas automatizadas serão essenciais, num futuro próximo.
Nick Goode, Vice-Presidente Executivo da Sage, afirma ao Jornal Económico que 2020 será um ano de transformação para a indústria de produção, devido a pressões económicas globais, como é o caso das guerras de tarifas e o Brexit, e mudanças sociais, como a sustentabilidade, a transparência e a privacidade dos dados.
“Num mundo cada vez mais digitalizado, os fabricantes precisam de encontrar novas formas de optimizar as operações e continuarem competitivos”, salienta.
Neste âmbito, a Sage, identifica três tendências-chave que irão impulsionar a indústria em 2020. A primeira prende-se com a sustentabilidade enquanto acelerador da economia circular. No próximo ano, a transição da economia linear (comprar, fazer, eliminar) para a circular (reutilizar, reparar, reciclar) prevalecerá na indústria.
A segunda tendência passa por um sistema alimentar que inclui todos os pontos do processo, desde o fabrico dos alimentos, ao seu processamento, passando pela distribuição, até ao consumidor. No cerne desta questão está a rastreabilidade alimentar, que abrange todas as fases deste ecossistema. A exigência por uma maior transparência e controlo de qualidade alcançou novos níveis.
Por último, destaca-se a criação de ‘playlists’ de aplicações próprias. A Gartner prevê que, em 2023, 40% dos profissionais vai organizar as suas aplicações de negócios como fazem para os serviços de streaming de música. Nos últimos anos registou-se uma alteração na forma como as organizações estão a mudar a oferta de serviços de tecnologia de informação aos utilizadores, cada vez mais personalizáveis. As tecnologias ERP permitem às empresas consolidar os dados e aplicações de negócio, bem como proporcionar às equipas de tecnologias de informação a competência para oferecerem os serviços de forma modelar. Assim, os utilizadores podem criar as suas ‘playlists’ individuais de aplicações personalizadas de acordo com as suas necessidades.