Deixe-me adivinhar: faz parte dos muitos milhões de pessoas que estão no Linkedin, no Facebook, no Twitter, no Instagram… não é verdade? Se calhar até somos “amigos” em algumas daquelas redes sociais. Confere? E aposto que a sua empresa também está, pelo menos, em duas ou três delas. Acertei? Claro que sim, mas não foi por qualquer poder divinatório ou alinhamento astral mas tão somente porque esta revolução digital sem precedentes está a mudar a forma como todos nós, pessoas e empresas, vivemos, trabalhamos e nos relacionamos.
Vivemos todos numa permanente “versão beta”, constantemente atrás da ‘next big thing’ e à procura da ‘next big idea’. E se há área em que a tecnologia teve impacto foi no jornalismo. A revolução digital mudou o equilíbrio de poder e a forma de relacionamento entre quem escreve e quem lê, entre empresas e clientes… Hoje, qualquer pessoa tem nas mãos instrumentos para disseminar em escassos minutos uma informação, uma história, ainda que não seja jornalista.
Por outro lado, os seus clientes podem agora comprar em qualquer parte do mundo, sem sair de casa, descobrir informações detalhadas sobre as suas marcas favoritas, partilhar as suas opiniões com milhares, para não dizer milhões, de outros indivíduos com os mesmos gostos. As expectativas das pessoas – sejam consumidores ou clientes de negócios – já não são as mesmas. E elas têm cada vez mais força para determinar o fracasso ou o sucesso de uma marca, de um produto ou de um projecto num estalar de dedos, ou melhor, num comentário, numa partilha e até num clique.
Isto não significa, contudo, que as fontes e os meios de informação tradicionais não sejam importantes. São-no, obviamente, mas per si já não chegam. Aos órgãos de informação pede-se que se reinventem, que encontrem outras formas de chegar e estar mais perto dos seus leitores, dinamizando também outras formas de relacionamento, embora sempre com um objectivo em vista: ser meio de informação, formação e actualização, fazendo chegar a quem precisa o conhecimento necessário para alimentar as suas paixões, necessidades de conhecimento e fundamentar as suas opiniões. O que muda? O suporte. Aquilo que há 15 ou 20 anos atrás se resumia ao papel, hoje estende-se aos suportes digitais nas suas múltiplas formas e numa lógica 24/7.
Esta revolução cria novas formas de estar, chegar e tocar quem nos lê. E, quando esse relacionamento é bem gerido, estamos perante uma poderosa fórmula, capaz de disseminar conhecimento e desenvolver relações verdadeiramente colaborativas.
É que as empresas continuam a precisar que se saiba o que fazem, como fazem e porque o fazem. Continuam a precisar comunicar e os media continuam a ser um meio privilegiado para falar com muitos. Também por isso, mais do que nunca, é fundamental o rigor e a independência, solicitar a informação, pedir o esclarecimento, auscultar a opinião e não nos ficarmos pelo copia-e-cola e deslumbrados pelos likes, shares e views que tudo medem e dimensionam. Nem sempre bem.
Hoje editamos o número 100 da nossa newsletter semanal de logística. É um número redondinho e que nos deixa felizes. Contudo, não somos nós que estamos de parabéns e sim vocês, todos vocês, os mais de 31 mil profissionais de supply chain que semanalmente recebem e lêem o que escrevemos e que diariamente passam pelo nosso site em busca da informação que lhes interessa.
Ser independente é um caminho que se trilha a cada decisão. “Fight the good fight” é o que nos move todos os dias e o que norteia a nossa forma de estar. Há momentos, como o de hoje, em que é importante parar e olhar para trás. Contudo, atrevo-me a dizer que o melhor do mundo ainda é o futuro.
Dora Assis | SC Media News | Directora
Sem dúvida que esta última frase é uma grande afirmação de que o melhor ainda está para vir.
Um Bem Haja para o grande trabalho que a SC Media News têm realizado em prol da área logística e afins.
Parabéns também para nós os que gostamos e nos dedicamos ao serviço desta área tão importante para a economia e desenvolvimento do País.
Grande abraço.
Norberto Lima da Silva