A DPD pretende descarbonizar totalmente as entregas em Portugal até 2021 e, por isso, existe a possibilidade de se criar micro-depots em Lisboa, como acontece nos actuais 13 países que já têm na sua logística, pequenos armazéns em centros urbanos.

Olivier Establet, CEO da DPD Group, refere que o grupo tem planos concretos para Lisboa e o micro-depot poderá vir a ser um deles, além do grande centro logístico que se instalará na cidade, onde estimam investir 25 milhões de euros, com abertura prevista para 2021.

O processo de descarbonização passará por várias estratégias logísticas ao nível da entrega na última milha, entre as quais veículos eléctricos “não podemos deixar serem apenas os operados a fazer [esse esforço] de electrificação da frota. Vai custar dinheiro, mas anão sabemos ainda quanto”, diz o CEO.

A Câmara Municipal de Lisboa também já anunciou a intenção de reduzir o acesso a automóveis em determinadas zonas da cidade. Olivier Establet admite que este tipo de restrições de acesso aos centros urbanos será o futuro. Refere ainda que Lisboa representa 10% das encomendas do grupo.

“Cada vez mais a entrega ao domicílio vai ser vista como um luxo, e um luxo insustentável (do ponto de vista ambiental)”, afirma o CEO, considerando as redes pick-up e os cacifos como o cenário das entregas em centros urbanos.

Em Portugal, 40% das entregas realizadas pela DPD são feitas através da rede pick-up, que regista elevadas taxas de sucesso ao nível da entrega. Relativamente às entregas ao domicílio, a taxa de insucesso atinge os 10% na primeira entrega, obrigando a empresa a regressão para concluir a operação, segundo Olivier Establet.