A Mercadona decidiu aligeirar a sua carteira de activos imobiliários em Espanha, colocando à venda 36 imóveis, com os quais pretende encaixar perto de 200 milhões de euros. Por outro lado, em Portugal, a estratégia é outra. Segundo o Idealista, irá continuar a investir na compra de terrenos e construção dos espaços comerciais e logísticos, mantendo-se como proprietária dos imóveis em causa.
A fonte oficial da marca em território português refere que “a empresa está numa fase de arranque, com um forte investimento em Portugal, e este é o modelo que faz sentido actualmente no mercado luso”, acrescentando que irão continuar a adquirir terrenos e imóveis, a construir e a explorar os espaços enquanto proprietários, de forma a cumprir o plano de aberturas projectadas.
Desde que a Mercadona entrou em Portugal, o balanço é mais do que positivo. No total, gerou-se uma facturação superior a 32 milhões de euros no primeiro ano de actividade, consolidados através da Irmãdona Supermercados S.A.
Desde o início da expansão, a marca espanhola já investiu cerca de 220 milhões de euros em Portugal, dos quais 150 milhões foram investidos em 2019, tanto na abertura de lojas, aquisição de novos terrenos como no arranque do Bloco Logístico da Póvoa de Varzim.
Para consolidar o seu crescimento, a empresa promete continuar a promover o seu plano de transformação até 2023. Para atingir este objectivo, a Mercadona planeia investir 1800 milhões de euros em 2020 que serão aplicados, principalmente, para abrir novos supermercados, 69 em Espanha e 10 em Portugal, renovar 160 lojas para adaptá-las ao Novo Modelo de Loja Eficiente, continuar a desenvolver o Projecto Frescos Global, entre outros.
Indica ainda que continuará a fortalecer e a optimizar a sua rede logística com a renovação e abertura de novos blocos logísticos, continuando a “dedicar recursos significativos à transformação digital, outro dos desafios da empresa, e à abertura de um novo armazém online (Colmeia) em Getafe (Madrid)”, refere a fonte oficial ao Idealista.