Com o objectivo de concretizar os seus planos de expansão nacional e internacional, a Pafil está a investir 2 milhões de euros numa nova fábrica em Vila Nova de Famalicão, localizada próxima às antigas instalações de Viatodos, em Barcelos, com 4.500 metros quadrados. De acordo com a empresa, este investimento deverá criar 30 novos postos de trabalho, sobretudo nas áreas da logística, produção e comercial.

João Rui Pereira, CEO da Pafil, avançou ao ECO que com esta mudança foi possível aumentar a capacidade produtiva. “Temos o triplo da área fabril e mesmo assim temos capacidade para expandir ainda mais”, explica ainda o responsável, acrescentando que “desde a entrada de matérias-primas à expedição há um circuito linear que faz com que nenhuma peça tenha de andar da frente para trás”.

Por parte da câmara de Vila Nova de Famalicão, o presidente Paulo Cunha realça que “é sempre gratificante para um presidente de câmara ver o seu território ser escolhido para receber projectos magníficos como este”, e salienta que este investimento representa mais um contributo para que a região seja reconhecida como o mais relevante eixo da indústria têxtil nacional.

“No têxtil português temos de seguir o caminho da inovação, da qualidade e da tecnologia para que o custo não seja a questão central”, comenta o CEO João Rui Pereira, área em que pretende continuar a investir com a empresa, criando produtos diferenciadores no mercado.

A grande maioria da produção da Pafil destina-se aos mercados externos, sendo os principais França, Países Baixos, Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos da América, e pelas máquinas da empresa passam peças de marcas de roupa como a Givenchy, equipamentos de corrida da francesa Satisfy, ou vestuário de motociclismo da BMW e de náutica da Maserati.

Apesar da pandemia, a empresa conseguiu crescer 7% durante 2020, o que o CEO defende ser em parte por trabalharem com um segmento de mercado de gama média/alta e por já estarem muito focados no canal online. “A procura aumentou e acabámos por crescer nesta fase”, conclui o responsável.