Um armazém da Amazon na Escócia, Reino Unido, destrói milhares de produtos por semana que a empresa não consegue vender, avança a estação de televisão ITV citada pelo Jornal Público.
Alguns dos produtos colocados em caixas rotuladas com a palavra “Destruir” são computadores portáteis, máscaras, livros, jóias ou televisões.
Quem alertou a estação de televisão britânica foi um antigo funcionário da gigante de retalho online que afirma que a equipa neste armazém em causa tem de se desfazer de, pelo menos, 130 mil produtos a cada sete dias. O sucedido confirma-se através de filmagens e documentos internos, com a informação de um memorando de Abril a listar 124 mil itens no armazém para destruir numa semana. Apenas 28 mil produtos tinham como destino a “Doação”.
Segundo a ITV, as caixas designadas a “Destruir” destinam-se a centros de reciclagem ou aterros sanitários.
A Amazon, contactada pelo Jornal Público, sublinha que os produtos deste armazém são enviados para um centro de reciclagem e que não há aterros sanitários a operar no Reino Unido. Por sua vez, os itens que não podem ser reciclados são enviados para produzir electricidade a partir da incineração de lixo.
“Estamos a trabalhar para reduzir o número de vezes que isto acontece a zero”, afirma a empresa, acrescentando que “a nossa prioridade é a revenda, doação a organizações de caridade ou reciclagem de quaisquer produtos não vendidos”.
Parte do negócio da Amazon depende do armazenamento de bens que retalhistas enviam à empresa para guardar enquanto não são vendidos, mas o valor cobrado pela Amazon aumenta em função do tempo que os produtos permanecem nos armazéns. Eventualmente, deixa de valer a pena guardar os produtos e os retalhistas pedem à Amazon para os destruir, de acordo com a mesma fonte.