A transformação digital converteu-se numa das principais prioridades do tecido empresarial no mundo pós-pandemia. De acordo com o inquérito de outono do Estudo de Gestão de Risco de Crédito em Portugal, promovido pela Crédito y Caución e pela Iberinform, 41% das empresas portuguesas está a digitalizar os seus processos financeiros e 24% considera que esta deveria estar entre as suas prioridades estratégicas.

As necessidades impostas pelo teletrabalho aceleraram esta tendência, modificando a forma de organizar muitos modelos de negócio. A digitalização permite às empresas ganhar resiliência em cenários não presenciais, reduzir as vulnerabilidades da continuidade do negócio e aproveitar as oportunidades que a robotização de processos oferece.

A função financeira é uma das áreas que mais depende do papel e da execução manual de processos. Especialmente entre as pequenas e médias empresas (PME), o confinamento representou para muitas delas a impossibilidade de aceder aos seus sistemas de contabilidade por não estarem na Cloud.

Embora se tenham registado grandes avanços na emissão de faturas em formato digital, a prática habitual continua a ser a gestão de faturas e despesas através do correio eletrónico ou através de suportes físicos, com sistemas de aprovação manual e controlo através de folhas de cálculo.

A falta de transformação digital faz com que o acesso à informação seja mais lento, abrandando também as decisões empresariais e dificultando a sua planificação. A digitalização agiliza processos e permite a robotização de operações mecânicas, o que gera maior eficiência, menos custos e um melhor aproveitamento dos recursos humanos dedicados a tarefas analíticas e prospetivas de maior valor acrescentado.