As empresas do setor da construção queixam-se do aumento dos custos das matérias-primas, logística, energia e mão de obra, ainda resultado da interrupção nos fornecimentos durante a pandemia. Em 2021 os custos de construção tiveram o maior aumento dos últimos 15 anos, tendo os materiais aumentado em 8% e a mão de obra em 5,1%.
Contratos fechados, que já contavam com orçamentos totais estipulados, necessitavam de ser reajustados e reaprovados face aos custos atuais dos materiais e serviços, e as empresas do setor estão a sentir dificuldades em obter essa aprovação por parte dos municípios e outras entidades adjudicantes.
Manuel Reis Campos, presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), revelou ao Jornal de Negócios que se verificaram “subidas de preços de referência de matérias-primas essenciais para esta atividade, como o alumínio e o cobre, de 42% e 25% respetivamente, em 2021”, e que existe uma necessidade de 70 a 80 mil trabalhadores no setor.
As atualizações dos preços das empreitadas encontram-se muito abaixo dos valores reais, e existe mesmo o risco de construtoras começarem a falir.