75% é o número de empresas de alimentos e bebidas preocupadas com fatores ambientais, especialmente, no que diz respeito ao riscos de ESG (ambiente, responsabilidade social e de governação). Resposta conhecida através do inquérito realizado pela WTW (NASDAQ: WTW), que envolveu a participação de 250 organizações de produção, processamento e fabrico de alimentos das mais diversas categorias em todo o mundo.
Estas informações deram a conhecer à empresa de consultoria, corretagem e soluções, as pressões vividas pelo setor de alimentos e bebidas que nos últimos anos viu o seu setor ser impactado pela pandemia e, agora, pelo conflito entre a Rússia e a Ucrânia, provocadoras de uma rutura na cadeia de abastecimento atual.
José Barqueiro, o diretor – Risk & Broking da WTW Portugal, desenvolve “este estudo permite-nos perceber como as diferentes temáticas têm aumentado o seu nível de criticidade junto das organizações. Nesta pesquisa, apresentamos os principais obstáculos identificados pelas empresas no alcance dos seus objetivos estratégicos, sendo que alguns destes obstáculos são, agora, maiores em função da atual situação geopolítica na Ucrânia e Rússia”.
“Verificamos, também, que a consciencialização do impacto dos fatores ESG continua a ser crescente neste setor, traduzindo-se na preocupação dos consumidores com o investimento/desenvolvimento sustentável, com as mudanças climáticas e com a necessidade de saber como é que os alimentos são produzidos, designadamente o processo produtivo, o embalamento e o transporte”, acrescentou o responsável.
No inquérito foi possível perceber que a marca e a sua reputação está intrinsecamente ligada à sustentabilidade e, consequentemente, ao sucesso da empresa. Um risco de 46%, embora mais de metade (55%) dos inquiridos não tenham cobertura de reputação.
Além disso, entre outros fatores de risco estão: inexistência de seguro específico para riscos ambientais (73%), falta de cobertura de riscos ligados à cibersegurança (67%) e ainda não existirem por parte das empresas cobertura para a recolha de produtos (42%). Já os fatores externos, ou seja, fora do controlo da empresa, como as causas geopolíticas e económicas, estão na casa dos 60%.
Contudo, apesar destas dificuldades, 70% das empresas abordadas encaram o futuro com otimismo, acreditando que o setor se tornará mais rentável, em parte, por causa dos alimentos orgânicos.