A TAP, determinada a seguir o seu plano de reestruturação, já cortou 137 milhões de euros em contratos com fornecedores, o que corresponde a 800 negociações.
Segundo o administrador financeiro da TAP, Gonçalo Pires, na apresentação das contas semestrais da companhia, o plano de reestruturação da empresa “representou um esforço para o Estado, para os portugueses e para os trabalhadores”, tal como para a transportadora, e, por consequência, os fornecedores.
Desta forma, estas negociações permitirão ao negócio valores de poupança que “no final do ano serão superiores”, declarou o administrador. Apesar de o valor de poupança estimado não ter sido revelado, sabe-se que este ultrapassará os 137 milhões de euros já reduzidos, em parte, devido ao gasto da empresa de mais de 400 milhões de euros em combustíveis, 3,5 vezes mais do que no mesmo período de 2021. Vale a pena, contudo, referir que este valor também se deve ao facto de os preços dos combustíveis terem aumentado devido à guerra na Ucrânia.
O responsável rematou que a última tranche de ajuda pública, no valor de 990 milhões de euros, deverá chegar aos cofres da empresa no final do ano sob a forma de aumento de capital, já que a TAP quer regressar ao mercado, mas tem emissões obrigacionistas que vencem em 2023 e 2024 num montante de 700 milhões de euros, e, que por isso, há necessidade de encontrar “uma forma de refinanciamento”. O lançamento da TAP para o mercado está previsto para a primeira metade de 2023, sendo que no quarto trimestre a TAP vai “começar a trabalhar com os investidores”.