É a segunda vez, no espaço de um mês, que a ANCEVE, Associação Nacional dos Comerciantes e Exportadores de Vinhos e Bebidas Espirituosas alerta para os problemas com que o setor se debate e agora pede mesmo “um plano extraordinário de apoio à fileira do vinho”.

Por outro lado, escasseia a mão-de-obra, numa altura crucial de vindima. E a legislação continua a estar desadaptada à realidade, sem qualquer flexibilidade. Como exemplo, se um trabalhador com salário mínimo aceitar por hipótese trabalhar aos sábados, para tentar aumentar a sua remuneração, acaba por receber menos dinheiro no final do mês, pois a subida automática de escalão prejudica-o de forma drástica.

E a ANCEVE solicitou que o Governo aceitasse agilizar um plano extraordinário de apoio à fileira do vinho, um setor que leva longe o nome de Portugal, mas está a ficar estrangulado pelo aumento sem precedentes dos custos.

A associação diz ter pedido ao Governo,ainda em agosto, um plano extraordinário para a fileira do vinho, de apoio à tesouraria, sem juros, e a diminuição dos impostos associados ao gasóleo agrícola. Sugeriu à tutela igualmente que apoiasse o setor no investimento em barricas ou tonéis de madeira e no armazenamento de garrafas, dada a escassez no mercado e o aumento continuado dos preços, medida esta “a enquadrar legalmente, em diálogo com a União Europeia”.