O grupo Volkswagen alertou que pode transferir a sua produção da Alemanha para outros países, caso a escassez de gás perdure além do inverno. As fábricas localizadas na República Checa e na Eslováquia também estão a ser afetadas.
A Volkswagen AG está a explorar maneiras de ajudar os seus fornecedores na Europa a combater a escassez de gás natural. Neste sentido, o grupo procurou fabricar peças localmente e mudar a sua capacidade de produção. Geng Wu, consultora interna do grupo Volkswagen, contou à Bloomberg que “como alternativas a médio prazo, estamos focados em localizações maiores, na realocação de capacidade produtiva ou em alternativas técnicas, tal como aconteceu na sequência dos desafios gerados pela falta de semicondutores”.
Desta forma, o grupo Volkswagen poderá transferir a produção para fábricas no sul da Europa ou zonas costeiras no Norte da Europa já que têm um melhor acesso a cargas marítimas de gás natural liquefeito. Contudo, a Volkswagen não contará com a sua fábrica portuguesa, a Autoeuropa, por estar na sua capacidade máxima de produção. Os fornecedores que se mudem para essas áreas gravitarão em torno das fábricas de automóveis do grupo Volkswagen existentes em Portugal, Espanha e Bélgica.
É de salientar que caso a Alemanha continue a abastecer as suas reservas de gás, a Volkswagen terá capacidade para manter a produção nos próximos cinco a seis meses, estando atualmente próxima dos 90% no que diz respeito aos seus níveis de armazenamento.
No entanto, se os envios de gás via gasoduto do Nord Stream continuarem suspensos, existirão falhas de gás a partir de junho de 2023, o que pode levar a que seja posto em prática o plano alternativo de produção.