Quantas vezes já ouviu a expressão “As pessoas constituem o mais importante ativo de uma empresa”? Provavelmente tantas, que já lhe soa a banalidade empresarial.
Contudo, apesar de ser uma verdade largamente banalizada, nunca é de mais lembrar que uma organização é feita de pessoas e o seu êxito depende daquilo que essas pessoas pensam, da sua forma de responder aos estímulos que constituem o ambiente empresarial e da sua capacidade para trabalhar em conjunto e produzir resultados.
Mas a verdade é que a forma mais eficiente (se assim lhe podemos chamar) de pensar, motivar, trabalhar em equipa e reunir conhecimentos e experiências não é inata à maioria das pessoas, pelo contrário, é algo que se aprende e desenvolve com a experiência e com a famosa técnica da “Tentativa e Erro”.
O nosso grande desafio, enquanto gestores de pessoas, é criar as condições para gerir o talento, o know-how, as ambições e características pessoais de cada elemento da equipa, visando potenciar ao máximo o desenvolvimento do grupo e compensar as suas deficiências, de modo a que, no final de cada dia, e de cada ano, se crie valor.
Quando somos confrontados com a necessidade de liderar equipas, uma das primeiras lições que aprendemos é que as pessoas não respondem do mesmo modo aos mesmos estímulos. Reconhecer que cada indivíduo tem formas diferentes de pensar, sentir, agir e reagir é fundamental para aumentar a tolerância do gestor e, acima de tudo, para encontrar novas formas de tirar partido dessas diferenças e torná-las úteis no ambiente de trabalho.
A segunda lição a extrair é que é importante adequar às pessoas, às circunstâncias e ao próprio âmbito das tarefas a executar, o modo como orientamos e como nos relacionamos com cada um dos elementos, reconhecendo que não há uma receita única.
A terceira lição (muitas mais existirão) é que equipas eficazes resultam de uma combinação de pessoas que gostam do que fazem e que têm estilos e abordagens diferentes ao meio ambiente em que coexistem. Quando estas pessoas se sentem parte do projeto, as equipas crescem e os resultados aparecem.
Em jeito de conclusão, criar as condições para o desenvolvimento de um espírito crítico e construtivo, sensibilizar para a necessidade de atualizar conhecimentos, fazer com que as pessoas se sintam valorizadas e úteis no seu papel, ensinar a aceitar o crédito pelo sucesso e a assumir a responsabilidade pelo fracasso, por outras palavras, assumir um compromisso claro com o desenvolvimento de competências e pessoas para o presente e para o futuro, deve ser um dos objetivos estratégicos das organizações.
Afinal, no final do dia, os negócios são feitos por pessoas e para pessoas.
Dalila Tavares, Supply Chain Executive