A multinacional tecnológica Stratesys, um hub digital entre a Europa e a América, presente em Portugal desde 2008, e com um centro de excelência em soluções de procurement, aponta cinco tendências/inovações para o procurement no próximo ano.
Se nos últimos anos o foco das empresas estava na racionalização de fornecedores, no esforço para obter melhores preços e na criação de cadeias de abastecimento enxutas, a pandemia veio mudar o modelo de negócio. A disrupção das cadeias de distribuição e as tendências inflacionistas provocadas pela guerra da Ucrânia acentuaram as mudanças, com o setor do procurement a tornar-se mais ágil, mais resiliente, ao mesmo tempo que procura a redução do risco. As dificuldades de previsibilidade exigem, por outro lado, inovação e transformação rápida por parte das empresas.
Assim, para 2023 a multinacional tecnológica Stratesys enumera as principais tendências para a área do procurement:
1 – Decisões baseadas em dados e não em intuições, necessitando de implementar ferramentas de SPEND ANALYSIS por forma a incorporar business intelligence e big data. Objetivo: determinar que dados são relevantes para uma visão integrada do negócio e antecipar tendências.
2 – Procura de experiências semelhantes ao e-commerce, utilizando soluções táticas de compras, com recurso a catálogos e compras guiadas, com base nas suas regras e políticas que agilizam e automatizam a emissão de pedidos, evitando assim a intervenção do comprador em processos que não agregam muito valor.
3 – Aplicações de apoio ao cliente centradas no utilizador, e que fornecem um nível de suporte e mobilidade sem precedentes, através de sistemas intuitivos focados na experiência e com pouca necessidade de tempo de formação.
4 – Aplicação de modelos de inteligência artificial e machine learning a toda a cadeia de abastecimento (logística de compras, logística de produção, logística de distribuição e logística reversa) será um ponto de diferenciação competitiva fundamental, pelo otimização e antecipação que permite.
5 – Aposta em pessoas e na sua formação específica para a área de procurement, procurando competências core, como conhecimento do mercado, visão estratégica do negócio, trabalho colaborativo e em equipa, atitude institucional e espírito inovador.
Será com base nestas tendências, na inovação e no investimento na área de Procurement que se consolidarão as vantagens competitivas de cada empresa e a sua capacidade de posicionamento diferencial, obtendo mais economias, otimização dos processos, comunicação segura e com rastreabilidade, maior eficiência, melhores preços e maior qualidade. Acresce ainda a diminuição de riscos, e principalmente a oportunidade de tomada de decisões mais estratégicas.