Três associações do sector marítimo-portuário – AGEPOR, APAT e CPC – tomaram uma posição pública conjunta referente à greve em curso nos portos nacionais desde o dia 22 de dezembro e com fim marcado para 30 de janeiro.

 

Em comunicado, AGEPOR, APAT e CPC tornaram pública a sua posição em relação à greve em curso dos trabalhadores das Administrações Portuárias que atinge os portos portugueses.

“O resultado direto desta greve é o mau funcionamento dos portos que se traduz em atrasos e cancelamentos de escalas de navios, com evidentes prejuízos e custos desnecessários para toda a economia, com reflexos negativos na competitividade das exportações e no consumo interno, ou seja, nos bolsos de todos os portugueses”.

De acordo com as três entidades há ainda um prejuízo indireto pior, que se prolonga no tempo, que é a má imagem com que ficam conotados os portos portugueses, já que como realçam as três entidades “os Armadores, sempre que possível, minimizam riscos evitando e fugindo dos portos “problemáticos” quando desenham a rotação dos seus navios. Passam a servir esses mercados por portos alternativos”.

No seu último comunicado sobre estas recentes greves, a AGEPOR referiu que importa procurar soluções imaginativas que eliminem estes conflitos e ao mesmo tempo contribuam para a competitividade e criatividade futura dos portos portugueses, pelo que “a AGEPOR, a APAT e o CPC vêm sugerir que o Governo e as Administrações Portuárias, uma vez terminadas as presentes greves, possam estudar as alternativas de licenciar, concessionar, privatizar serviços operacionais, na esfera portuária”. As três entidades entendem que “Talvez essas alternativas promovam uma maior inovação e eficiência em cada porto e criem uma dinâmica global diferente retirando a estes serviços os constrangimentos de estarem na esfera pública. Portugal precisa de paz nos portos. Depois de longos anos perturbados pela greve dos estivadores, só faltaria agora uma longa greve nas Administrações Portuárias para denegrir a imagem internacional dos nossos portos”, enfatizam.