Se há função onde acredito que ninguém cresceu a pensar que queria muito “ser quando for grande”, é na área da Supply Chain.
Cresci no seio do empreendedorismo e o frenético dia a dia das empresas do meu pai contribuiu para que o meu percurso profissional passasse pela Gestão e fosse dedicada, nos últimos 15 anos, à Supply Chain.
Sabemos como é: um vício bom! Creio, verdadeiramente, ser a melhor forma de o descrever. Para quem gosta de ter a visão do todo, estar sempre no centro da ação, garantir a satisfação do cliente e muita adrenalina à mistura, está na função certa!
A Supply reinventa-se todos os dias, é obrigatório, tal como para os responsáveis e profissionais da área. Há sempre alguma coisa de novo a acontecer no mundo, que nos obriga (positivamente) a evoluir e a pensar “out of the box”.
Melhorar o serviço ao cliente, otimizar processos e reduzir custos é algo óbvio a ser entregue e que faz parte do nosso ADN, mas, entretanto, arrisco dizer, démodé. Porque temos muito mais para integrar na cadeia: inovação, digitalização, sustentabilidade, centralização, automação, entre outras que aparecem todos os dias em diversos formatos e exigências para nos pôr à prova enquanto excelentes profissionais.
As equipas que trabalham na Supply Chain estão habituadas a muitos dados de informação, que esta chegue o mais em tempo real possível, ERP’s robustos, forecasts e operações JIT, blockchain… mas, e quando uma parte disto falha?
É aí que começa, a meu ver, o mais bonito e viciante desta nossa profissão, quando temos de ser ágeis a encontrar soluções e planos de contingência para os imprevistos que o mundo nos apresenta e, muitas vezes, sem as ferramentas que seriam óbvias ou sem a informação que sempre tivemos ao nosso alcance.
E o orgulho da entrega, do fazer acontecer, é tão grande que vamos sendo conquistados por esta nossa profissão, e no final não nos deixa dúvidas sobre querer (continuar a) ser “Supply Chain’er”, agora que somos grandes.
Ana Barbosa | Supply Chain Specialist