No passado dia 5 de abril, a multinacional FedEx anunciou que estava a consolidar as operações de transporte das suas empresas FedEx Express, Ground, Services, e outras pertencentes ao grupo, permitindo-lhes uma poupança estimada de 6 mil milhões de dólares até 2027. Assim, será criada a Federal Express Corporation, que irá integrar toda a rede de transporte aéreo e terrestre.

Prevê-se que a fase de transição esteja terminada em junho de 2024, sendo que implicará também uma reorganização nas funções dentro da empresa. Rej Subramaniam irá permanecer na liderança da FedEx, enquanto os atuais CEO das empresas afetadas irão iniciar novas funções. Segundo a multinacional, a FedEx Freight irá permanecer como uma empresa independente.

“Seremos mais lean, mais ágeis e melhor posicionados para executar a nossa missão de ajudar os clientes a competir”, afirma o presidente e CEO da FedEx, Raj Subramaniam.

Segundo avançou a empresa, esta consolidação irá ajudar a FedEx a melhorar e reduzir custos dos programas DRIVE e Network 2.0. A FedEx encontrou várias oportunidades de redução de custos. Até 2025, espera-se que as seguintes áreas gerem as respetivas poupanças:
• 1,2 mil milhões de dólares em Surface Network;
• 1,3 mil milhões de dólares em Air Network e International;
• 1,5 mil milhões de dólares em Geral e Administrativo.

Até 2027, com a integração dos programas piloto de Network 2.0, que procuram otimizar as rotas de entrega da empresa, espera-se a redução adicional de 2 mil milhões de dólares, que totalizará os 6 mil milhões.

Uma das apostas da FedEx será numa maior utilização da ferrovia. “As percentagens ferroviárias estão aproximadamente 36% abaixo das da estrada. Iremos começar por aí”, avançou John Smith, anterior CEO e presidente da FedEx Ground, e novo CEO e presidente das operações terrestres na Express para os EUA e Canadá.

O responsável também revelou que a empresa está a testar entregas combinadas entre as operações das Express e Ground no Alasca. “Se já alguma vez viu um camião da Ground e um da Express no seu bairro no mesmo dia, ou os viu passar um pelo outro na rua, sabe o que estamos a tentar realizar”, afirma.

Ao nível do aéreo, a empresa está a reduzir os seus voos entre países separados pelo Oceano Pacífico em 30%, devido à redução da procura. “Esta é uma verdadeira mudança estrutural, e fazer isso melhora os nossos lucros, reduzindo os nossos custos operacionais e equilibrando melhor as nossas rotas internacionais”, afirma Richard Smith, anterior CEO e presidente da FedEx Express, que irá ficar na posição de CEO e presidente de airline and international na Express.

Tendo em conta este declínio da atividade, a rede aérea de hub-and-spoke irá ser reconvertida para envios de maior margem e urgentes, e a empresa irá focar-se nos volumes de menor urgência.