A Shein, em parceria com a Queen of Raw, empresa tecnológica de economia circular, estabeleceu a meta de obter, de forma responsável, os deadstocks de outras marcas e retalhistas, avança o Jornal T. Com esta medida, a empresa chinesa pretende reduzir o desperdício na indústria da moda, bem como apoiar os compromissos globais da bioeconomia.
Até 2050, a Shein compromete-se a tornar-se líder no fornecimento de deadstocks para acentuar o seu compromisso com a circularidade. Desta forma, está a criar um plano para modelos de negócio alternativos que utilizam a circularidade para mitigar a utilização de novas matérias-primas.
Ao utilizar o software da Queen of Raw para automatizar o fluxo de trabalho da cadeia de fornecimento da Shein, será possível verificar materiais não utilizados que atendam aos requisitos de fornecimento da empresa chinesa, e ao padrão de deadstock da plataforma Materia MX.
Assim, esses materiais serão disponibilizados aos designers da Shein para serem incorporados nos produtos vendidos na sua plataforma. A Materia MX também permite que a empresa chinesa rastreie e revele os dados, de acordo com padrões científicos.
Em comunicado, Caitrin Watson, diretora de sustentabilidade da Shein, refere que “a pareceria com a Queen of Raw apoia a nossa aposta num sistema mais circular, começando com o design dos nossos produtos. Como o modelo de negócios da Shein é criar produtos conforme a necessidade, não acumulamos excesso de tecidos, o que é um dos maiores desafios financeiros e de sustentabilidade para a indústria da moda”.
Por sua vez, Stephanie Benedetto, diretor executiva da Queen of Raw, afirma que “a nossa tecnologia permite que a Shein incorpore tecidos do stock local de outras marcas no seu modelo de negócios sob a exigência de otimizar futuras compras de stock. Como resultado, os impactos climáticos e hídricos são reduzidos e aumentam a transparência”.