No âmbito do Programa Nacional de Vacinação para o ano de 2023, o governo autorizou uma despesa de cerca de 46,2 milhões de euros para a aquisição de vacinas e tuberculinas, às quais as cinco administrações Regionais de Saúde (Lisboa e Vale do Tejo, Norte, Centro, Algarve e Alentejo), e entidades de respetiva abrangência, já podem aceder, avança o Jornal Económico.

De acordo com a Resolução do Conselho de Ministros, publicada em Diário da república, “os encargos financeiros decorrentes da presente resolução são suportados por cada uma das entidades”, assegurados por verbas inscritas nos respetivos orçamentos.

Ao Expresso, a direção da Ordem dos Enfermeiros, revela que “continuam a existir muitas falhas, por exemplo, nas vacinas contra o tétano e nas vacinas tetravalente e pentavalente, contra a difteria, tosse convulsa, poliomielite e haemophilus b. Os centros de saúde não têm as doses de que precisam”.

Os centros de saúde estão a administrar doses de vacinas que sobraram do abastecimento anterior, uma vez que ainda não foram adquiridas novas remessas este ano. “Estamos a usar stocks de vacinas que foram sobrando. Já começamos a ter falhas no PNV e a compra das vacinas para este ano, a seis meses de terminar, ainda não foram autorizadas”, indica Gustavo Tato Borges, presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública.

Face a este cenário, Manuel Pizarro, ministro da Saúde, confirmou, a 16 de maio, que nas próximas semanas seria concluído o concurso que iria garantir “o abastecimento pleno”. Ainda assim, garante que “não há falta de vacinas no Serviço Nacional de Saúde (SNS), há é uma gestão mais prudente de stocks”.