De acordo com dados recentes da Savills, no estudo “Semicondutores e o setor logístico”, a lei europeia de chips, que procura alcançar os 20% de produção mundial, poderá requerer cerca de 10,8 milhões de metros quadrados dedicados à logística.
Desde que se criou uma crise de abastecimento de semicondutores a nível mundial, durante a pandemia, que a União Europeia tem procurado depender menos dos mercados externos para este fornecimento. A “Lei dos chips” foi aprovada em julho e espera-se que movimente 43 mil milhões de euros em investimento público e privado, com a finalidade de “criar as condições para o desenvolvimento de uma base industrial europeia no domínio dos semicondutores, atrair investimentos”, entre outros.
De acordo com a Savills, “o impacto da pandemia no mercado de semicondutores e na cadeia de abastecimento global com o encerramento de fábricas, problemas logísticos e redução da capacidade devido a medidas de segurança, aumento dos prazos de entrega. O aumento repentino na demanda por eletrônicos e automóveis excedeu a capacidade de fabricação disponível, causando escassez de oferta agravada por questões geopolíticas”. Nos últimos oito anos, a produção de semicondutores na China passou de 24% para 32% a nível mundial, tornando-se o maior mercado a nível mundial, em termos de receita.
A Savills antecipa que, durante a próxima década, megatendências como a inteligência artificial, veículos elétricos, serviços cloud e automação impulsionem a procura por estes materiais, e à medida que este crescimento se verifique, também a restante cadeia o deverá acompanhar, gerando necessidades ao nível das infraestruturas.