A Ucrânia anunciou, recentemente, a saída de um segundo cargueiro do Porto de Odessa, por meio de um corredor temporário estabelecido após a queda do acordo de exportação de cereais do Mar Negro, segundo o Jornal de Negócios.

“O graneleiro PRIMUS, com bandeira da Libéria e pertencente a um operador singapurense, deixou o porto de Odessa, através do corredor temporário estabelecido para navios civis”, informou o Ministério da Reconstrução ucraniano, citado pela France-Presse.

A Rússia decidiu suspender o acordo de exportação de cereais ucranianos no dia 17 de julho. As condições impostas por Moscovo incluem a reintegração do banco agrícola russo, Rosselkhozbank, no sistema bancário internacional SWIFT, a remoção de sanções sobre peças de reposição para maquinaria agrícola, o desbloqueamento da logística de transporte e seguros, bem como o descongelamento de ativos.

As autoridades russas também pretendem reabrir o oleoduto Togliatti-Odessa, essencial para a exportação de amoníaco, um componente crucial na produção de fertilizantes russos. Vale a pena relembrar que o oleoduto foi danificado por uma explosão a 5 de junho, ação que Moscovo atribuiu a Kiev.

Os acordos entre a Ucrânia e a Rússia, mediados pela ONU e Turquia e assinados em Istambul no verão de 2022, abrangem não apenas os cereais ucranianos, mas também a exportação de fertilizantes e produtos alimentares russos. De acordo com dados das Nações Unidas, desde a sua entrada em vigor, aproximadamente 33 milhões de toneladas de cereais foram exportadas a partir dos portos do sul da Ucrânia.