O Ministério da Economia anunciou recentemente que se mantém em conversações com a administração da Autoeuropa com o objetivo de “encontrar soluções” para a paragem da produção, originada pela falta de peças provenientes de um fornecedor esloveno. Uma das soluções a considerar é identificar fornecedores nacionais “para minimizar os riscos de paragem da fábrica”, avança a Lusa citada pelo Negócios.
O departamento governamental, em declarações à Lusa, indicou que “o governo, através do Ministério da Economia e do Mar, encontra-se a desenvolver todos os esforços para identificar soluções no âmbito da indústria de componentes nacional”.
A indústria de componentes para o setor automóvel em Portugal é considerada pelo ministério como uma “das mais competitivas e inovadoras da Europa”, uma vez que exporta para vários países em todo o mundo. Por esse mesmo motivo, sublinha a importância de assegurar “a diversificação das cadeias de abastecimento e o aumento da sua resiliência para prevenir paragens abruptas de produção”, face a riscos externos.
A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) apelou ao Governo para acompanhar a situação de forma rigorosa, “procurando as soluções que melhor protejam a empresa e toda a atividade económica na região de Setúbal”.
Em causa está a suspensão da produção da fábrica de Palmela, por um período de nove semanas (de 11 de setembro a 12 de novembro), devido à falta de peças produzias por um fornecedor na Eslovénia que foi afetado pelas cheias de agosto.