A China registou uma queda mais acentuada do que o previsto nas exportações e importações em julho, num contexto de enfraquecimento da procura mundial.

Os dados oficiais mostram que as exportações da China caíram 14,5% em julho, em comparação com o ano anterior, marcando o terceiro mês consecutivo de declínio, enquanto as importações caíram 12,4%.

Estes são os valores de exportação mais fracos desde fevereiro de 2020, e os analistas esperam que estes valores se contraiam a uma escala semelhante até ao final do ano.

As exportações do gigante asiático para os Estados Unidos, um dos maiores mercados da China, caíram 23,1% em termos anuais, enquanto as exportações para o seu maior parceiro comercial, a Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), caíram 21,43% em comparação com o ano anterior.

A União Europeia, por seu turno, importou menos 20,6% do país, em parte devido ao facto de o governo chinês ter reforçado o controlo sobre a circulação de materiais essenciais, como os utilizados no fabrico de semicondutores.

A economia chinesa entrou em deflação, uma vez que o índice de preços no consumidor (IPC) caiu 0,3% no mês passado, em comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com o Gabinete Nacional de Estatísticas da China. Esta é a primeira vez que a economia do país entra em deflação em dois anos.