De acordo com o European Payment Report 2023, da Intrum, as empresas europeias estão mais atentas ao impacto das questões ambientais e aumentaram o seu foco nas iniciativas ESG. 50% das empresas inquiridas aceleraram significativamente os seus esforços para melhorar o desempenho ambiental nos últimos 12 meses, porém, a nível social os resultados ainda se dividem um pouco, e ao nível do pagamento e da eficiência administrativa ficam aquém do esperado.

Segundo o estudo, em 2022, 57% das empresas nacionais acelerou significativamente os seus esforços para se tornarem mais sustentáveis, apesar do contexto económico, ligeiramente abaixo da média europeia, de 58%.

Nessa ótica de redução de custos, 59% das empresas portuguesas reduziram o consumo energético com essa finalidade, como resultado dos aumentos do preço da energia, e afirmam que planeiam mantê-los baixos por razões ambientais, acima da média europeia, que é de 54%.

Face às pressões dos consumidores e parceiros, 48% das empresas estão cientes de que irão perder clientes caso não invistam nas questões de responsabilidade ambiental. Essa ideia foi corroborada no mesmo estudo, tendo 43% dos inquiridos afirmado que não compraria a uma empresa que soubesse ser responsável por prejudicar o meio ambiente, o que na média europeia representa 39% dos entrevistados.

Luís Salvaterra, diretor-geral da Intrum Portugal, considera que “as empresas portuguesas, cada vez mais, focam-se na sustentabilidade para garantir receitas futuras. Ainda assim, a pressão dos custos pode estar a prejudicar os planos estratégicos de crescimento, mas as empresas em geral mantêm o seu compromisso de aposta na sustentabilidade”.

Adicionalmente, 61% dos diretores-executivos afirmou que os prazos de pagamento deveriam fazer parte do relatório de sustentabilidade das empresas, que é uma situação que ainda afeta muito as empresas, e que em Portugal se situa muito acima da média europeia.