Recentemente, temos observado um movimento significativo de expansão por parte dos principais operadores logísticos, utilizando a estratégia de aquisições. Esta abordagem não é única para o nosso setor, mas eu gostaria de discutir a logística em particular, onde temos testemunhado fusões e aquisições.
Um amigo auditor uma vez me disse que, na prática, toda fusão é, na verdade, uma compra por parte de alguém.
Ao mencionar “falta de opção” no título do artigo, estou destacando a pressão potencial que as grandes empresas enfrentam para aumentar constantemente a rentabilidade, em meio às inúmeras demandas de acionistas, fundos de investimento e desafios ao entrar em determinados mercados, entre outros obstáculos. Nesse contexto, uma alternativa é adquirir receita. Em outras palavras, se não for possível ingressar em um mercado específico com as equipes de vendas, ferramentas e sistemas existentes, uma estratégia é comprar um concorrente, aumentando assim a participação no mercado ou nos mercados desejados.
O caso atualmente em destaque na imprensa é o da empresa alemã DB Schenker, cujo acionista majoritário já expressou publicamente a disponibilidade da empresa para venda, com alguns interessados notáveis, como a DSV, que demonstrou interesse. A DSV já havia adquirido recentemente a Panalpina e parece estar prosseguindo com suas atividades de aquisição.
Não podemos ignorar o fato de que muitas empresas estão enfrentando dificuldades financeiras e, em certa medida, estão “clamando” para serem adquiridas. Além disso, há casos de aquisições realizadas por “inércia”, como no cenário dos grandes armadores que recentemente adquiriram devedores substanciais para resolver questões financeiras.
Entretanto, deixo uma questão em aberto que está presente no título: para empresas com grande capacidade financeira, será mais fácil simplesmente comprar do que investir e dedicar esforços significativos para entrar em novos mercados? Concordam com essa ideia?
O autor escreve segundo a grafia do português do Brasil
Boa reflexão Marcelo. Certamente, a aquisição pode ser uma estratégia atraente para empresas com boa capacidade financeira. Principalmente se o objetivo for a conquista de market share mais rapidamente. O aumento da participação de mercado de forma orgânica tem sido lenta em um mercado extremamente competitivo. No entanto, vale a pena considerar que investir diretamente em novos mercados pode proporcionar vantagens a longo prazo, como maior controle sobre as operações e adaptação específica às necessidades locais. Ambas as abordagens têm prós e contras, e a escolha dependerá da situação específica de cada empresa. Muitos clientes – embarcadores – têm privilegiado empresas locais em suas estratégias logísticas.
Teoricamente sim, claro.
Naturalmente há pressupostos de governação que devem ser assegurados previamente.
O aumento de escala tem por objectivo melhoria de produtividade ou antecipação a eventuais futuros problemas, eliminando concorrência por absorção, internalizando a mais-valia e/ou know-how.