A Amazon Business inquiriu cerca de 3.108 responsáveis de procurement para realizar o relatório “2024 State of Procurement”, que aponta que 53% dos entrevistados esperam aumentos nos orçamentos durante o próximo ano, e que 32% estima manter os orçamentos nos níveis atuais. Além disto, 98% planeia investir em ferramentas de análise e insights, automação e Inteligência Artificial (IA) nos próximos anos.

Após um ano de grande esforço de redução de custos por parte das empresas, devido à inflação que se fez sentir a nível global, o relatório indica que as eficiências de custo obtidas, bem como as economias geradas, estão prontas para serem aplicadas nos processos de compras.

Alexandre Gagnon, vice-presidente da Amazon Business Worldwide, afirma que “estamos a entrar numa nova era de compras inteligentes para os negócios, em que os líderes seniores estão a entender o impacto que as compras podem ter na eficiência e no sucesso geral da empresa”.

O responsável observa que as compras em 2024 terão uma função “interdisciplinar”, abrangendo perspetivas funcionais e estratégicas, à medida que os compradores planeiam investir mais em tecnologia e otimização, enquanto protegem as empresas para o futuro.

“No final de contas, as compras não só mantêm as operações em andamento, como também desempenham um papel integral na conquista de metas organizacionais-chave. Através de compras inteligentes para os negócios, as empresas têm soluções de compras para servir de alavanca de crescimento para as organizações”, acrescenta o vice-presidente.

Os investimentos em IA podem fornecer benefícios futuros para as equipas de compras, mas algumas empresas ainda não estão prontas para dar esse salto. “A IA tem o potencial de aprimorar as compras recomendando produtos mais baratos com base em compras anteriores, ou capacitando chatbots para reunir informações e fornecer orientações (…)” pode ler-se no relatório.

Os profissionais apontaram como principais desafios externos o aumento dos custos (36%), a preparação para mudanças económicas inesperadas e mandatos ESG/CSR (34%), e trabalhar com fornecedores que não podem atender às necessidades de compras digitais (33%).

Relativamente a desafios internos, destacam-se a complexidade de sistemas/processos (34%), a dificuldade de aceder a uma maior variedade de fornecedores que atendam às necessidades internas (33%), e garantir conformidade com políticas de gastos (31%).

Para o futuro, os inquiridos identificaram como principal desafio os custos e orçamentos (29%), seguido da volatilidade dos mercados e da cadeia de abastecimento (25%), segurança e tecnologias (22%), política e regulamentação (21%) e recursos humanos (14%).