O Grupo Sousa revelou planos para um investimento de 14 milhões de euros, dedicados exclusivamente às docas de quatro dos seus seis navios no próximo ano. A divulgação da informação foi feita por Carolina Catanho, administradora e CFO do Grupo, durante a conferência ‘O Mundo em 2024’, conforme relatado pelo Diário de Notícias.
No que concerne às preocupações ambientais, Carolina Catanho destacou que “90% do transporte mundial é assegurado por via marítima” e, embora reconheça os desafios ambientais, ressaltou que o setor apenas “contribuiu com 3% das emissões e gases poluentes”. Contudo, enfatizou a relevância de aprimorar a eficiência energética na indústria, tendo em conta a perspetiva da operação de um navio ao longo de 30 anos. A administradora do Grupo Sousa referiu a energia nuclear como uma possível solução “aparentemente bastante viável”, devido à sua reputação como uma “tecnologia limpa, bastante eficiente e sustentável”.
Com uma frota de sete navios, o Grupo Sousa assume uma “responsabilidade grande” ao liderar as linhas insulares para destinos como a Madeira, Cabo Verde e Guiné-Bissau. A Administradora e CFO do Grupo, destacou que a empresa movimentou 170 mil contentores no último ano, tendo ainda reforçado o seu papel como “o maior operador no Porto de Lisboa”, e sublinhou a importância estratégica dessa posição para a empresa.
Um dos projetos em destaque do Grupo Sousa é a criação de uma plataforma em Alverca, com uma área de 25 mil metros quadrados, demonstrando a visão estratégica da empresa para enfrentar os desafios logísticos emergentes. A gestão eficiente da logística torna-se evidente quando observados os números de movimentação de carga, com cerca de 5 milhões de caixas movimentadas em 2022.
No âmbito das melhorias contínuas, o navio Lobo Marinho, responsável pela ligação inter-ilhas entre a Madeira e Porto Santo, está programado para receber investimentos significativos. Além da manutenção padrão programada para o início do ano, o navio será beneficiado com melhorias estimadas em 3 milhões de euros. Essas modificações visam dotar o Lobo Marinho com a capacidade de consumir energia de terra enquanto estiver acostado, uma iniciativa que destaca o compromisso do Grupo Sousa com a sustentabilidade e a inovação no transporte marítimo.