A acelerada evolução da Inteligência Artificial (IA) continua a desenhar o panorama tecnológico global, e a multinacional de tecnologia Stratesys destaca as oito principais tendências e processos que marcarão o ano de 2024.
À medida que a IA se integra cada vez mais nas operações empresariais, a Stratesys identifica as áreas-chave que estão a influenciar e a moldar o futuro desta tecnologia.
- Automatização aprimorada e autónoma: A previsão é de um crescimento na automatização, possibilitando que sistemas executem tarefas complexas de forma independente. A busca por Inteligência Artificial Explicável (XAI) ganhará destaque para garantir transparência e facilitar a sua adoção em diversos setores.
- IA generativa e multimodal: Antecipam-se avanços significativos na IA generativa, incluindo a capacidade de processar informações em várias modalidades, como texto, imagens, som e vídeo, indicando uma mudança em direção a uma compreensão mais profunda.
- Melhoria da interação homem-máquina: A evolução da IA fortalecerá a interação homem-máquina, com sistemas capazes de fornecer respostas mais humanas e contextuais, focando em modelos multimodais para uma compreensão mais completa.
- Conectividade avançada (5G e 6G): A implementação de conectividade avançada, como 5G e 6G, impulsionará a integração da IA na construção de uma sociedade hiperconectada, alinhando-se com a abordagem da Sociedade 5.0 para uma integração harmoniosa de tecnologia e sociedade.
- Regulamentação e ética na IA: Questões centrais incluirão a regulamentação e ética na IA, com foco no estabelecimento de quadros regulamentares robustos para abordar preocupações como parcialidade, transparência e proteção da privacidade.
- Desafios em matéria de deepfakes e desinformação: Antecipa-se um aumento na criação e disseminação de deepfakes, exigindo maior vigilância contra desinformação e a necessidade de legislação apropriada para enfrentar esses desafios.
- Personalização amplificada: A personalização baseada em IA atingirá novos patamares, proporcionando experiências de utilizador mais sofisticadas e personalizadas em diversas plataformas digitais.
- Melhor educação e formação: Prevê-se uma maior incorporação da IA na educação e formação, transformando métodos de ensino com tecnologias como o ChatGPT para experiências mais interativas e personalizadas.
Franscisco Ruiz, partner da Stratesys e especialista em IA, destaca que “a Inteligência Artificial vai tornar-se indispensável em todas as áreas da sociedade e, em particular, com impacto profundo em setores como a saúde, onde serão feitos investimentos para melhorar os diagnósticos e os tratamentos; a automação industrial, que assistirá a uma maior eficiência nos processos de fabrico e logística; o retalho, que viverá uma revolução na hiperpersonalização da experiência do cliente; e o setor financeiro, que já está a beneficiar de avanços significativos na gestão de riscos e na deteção de fraudes graças às mais recentes disrupções tecnológicas”.
“Em relação à evolução da ética na utilização da IA, é provável que a regulamentação em 2024 reflita um esforço global para harmonizar as políticas, com foco na segurança, na ética e no benefício social. A cooperação e o consenso internacionais serão essenciais para desenvolver tecnologias de IA que sejam benéficas e acessíveis de forma equitativa, respeitando simultaneamente a privacidade e a integridade individual”, enfatiza Eduardo Jiménez, associate director da Stratesys.
Por sua vez, Tiago Duarte, partner da Stratesys e responsável pela multinacional em Portugal, observa o expressivo interesse das empresas portuguesas nos impactos da IA generativa nas suas operações, sublinhando a necessidade de implementar estratégias que assegurem eficiência no quotidiano das equipas, sem comprometer a segurança dos dados. “A adoção de IA em vários processos, tanto de backoffice como produtivos, pode gerar vantagens competitivas que permitam ao nosso tecido empresarial ter outras ferramentas para trabalhar em mercados onde hoje têm dificuldade em diferenciar-se, e acrescentar velocidade ao crescimento que a economia portuguesa tem vindo a ter, tornando-nos mais produtivos e ágeis”, acrescenta.