Após uma entrada atribulada em 2024, a dinamarquesa Maersk relembra os clientes que a permanência da travessia pelo Cabo da Boa Esperança vai continuar a afetar as cadeias de abastecimento até ao segundo e, possivelmente, terceiro trimestre do ano, segundo o Jornal de Negócios.
Charles van der Steene, presidente da Maersk nos EUA, refere que “infelizmente, não vemos nenhuma mudança a acontecer tão cedo no Mar Vermelho”, de acordo com uma notícia avançada pela CNBC. “Os clientes vão precisar de ter a certeza de que terão um tempo de trânsito maior, integrado na cadeia de abastecimento”, acrescenta.
A Maersk anunciou a suspensão da passagem pelo Canal do Suez após ataques, por parte dos houthis, a alguns dos seus navios. Tendo em consideração esta “fase difícil para a indústria”, a transportadora dinamarquesa anunciou o aumento de 6% da capacidade dos seus navios para manter o fluxo comercial em movimento, compensando os atrasos provocados pela alteração do trajeto o que, segundo o CEO, aumenta os custos operacionais da empresa.
Um sexto do comércio mundial de contentores por via marítima é movimento pela Maersk que, em 2023, liderou o transporte de exportações norte-americanas. No entanto, um terço da oferta da empresa já foi afetada desde o início dos ataques.