Apesar dos ataques aos navios no Mar Vermelho, por parte do movimento Houthi, a CMA CGM anunciou no final de fevereiro ter retornado à navegação por esta rota, após uma interrupção de cerca de um mês, iniciada no dia 1 de fevereiro.
Até à interrupção, esta era uma das poucas companhias marítimas que continuava a enviar alguns navios por esta rota, escoltados pela marinha francesa.
Após uma nova análise à rota, o armador francês considerou que as condições da zona sul do Mar Vermelho permitiam retornar o transporte através desta região. “A situação está a ser avaliada de perto para cada navio antes de cada trânsito, portanto as escolhas de rota não podem ser antecipadas ou comunicadas”, avançou a empresa em comunicado. A alternativa a esta rota seria desviar os navios pelo Cabo da Boa Esperança, por onde tem desviado os seus navios no último mês e meio.
Esta decisão da empresa surgiu poucos dias após a marinha francesa se ter unido à União Europeia no lançamento da “EUNAVFOR Aspides”, uma operação defensiva no Mar Vermelho, Golfo do Aden, Mar Arábico, Golfo do Omã e Golfo do Pérsico contra os diversos ataques Houthi.
O retorno a esta rota poderá trazer uma grande competitividade à CMA CGM, permitindo-lhe manter um preço mais baixo e um menor lead time do que os seus concorrentes.
Em fevereiro o número de navios a passar pelo Golfo do Aden e pelo Canal do Suez caiu em cerca de 50%, e em 37% quando comparado com o ano anterior. De acordo com um relatório recente da BIMCO Market, durante as primeiras semanas do ano o volume de carga de e para portos no Golfo do Aden e Mar Vermelho apresentou uma redução de 21%.