Terminadas as negociações para a aquisição de 42% do transitário francês Clasquin Group, através da sua subsidiária Shipping Agencies Services (SAS), a MSC prepara-se agora para a sua aquisição total, segundo avançou o El Mercantil.
À data do anúncio da comparticipação, a SAS revelava que tinha como objetivo expandir a sua presença no mercado, tendo adquirido as ações do presidente-executivo da Clasquin, Yves Revol, e da empresa Olymp. O próximo passo da SAS é de adquirir o restante valor através de uma oferta pública.
As ações foram adquiridas pelo valor de 142,03 euros cada uma, superando em 13,17% a última cotação de fecho das ações do transitário nos 60 dias úteis anteriores ao anúncio da oferta, e 14,22% acima da média ponderada, sendo que a SAS pretende manter este valor na sua oferta ao resto da empresa.
O volume de negócios do transitário em 2023 foi de 526,1 milhões de euros, 35,9% abaixo do ano anterior de 2022, o que a empresa considerou “ter sido um ano excecional, com condições de mercado sem precedentes”, devido aos valores dos fretes. Apesar dessa diminuição do valor, o volume de envios cresceu 6,1% para 334.889.
Embora o EBITDA da empresa tenha reduzido de 40,3 milhões de euros para 36,1 (-10,4%), bem como o lucro líquido, de 23,7 milhões de euros em 2022 para 19,9 milhões este ano (-16%), a empresa considerou em comunicado que são valores sólidos, permitindo-lhes continuar com a sua estratégia de desenvolvimento.
A aquisição do capital total está ainda dependente das autoridades reguladoras, sendo que a empresa antecipa que o processo esteja concluído até ao final de 2024.