Em Portugal, o universo de operadores logísticos é composto maioritariamente por pequenas e médias empresas (PME), que atuam apenas em território nacional – um estudo da Associação Portuguesa de Logística, de 2021, indicou que 65% das empresas portuguesas do setor logístico ainda não operam no estrangeiro. No entanto, a concorrência continua a crescer ao ritmo da globalização e as ferramentas e tecnologias hoje disponíveis facilitam e encorajam as empresas logísticas a iniciarem o seu processo de internacionalização, passando a operar além-fronteiras. Mas pode a complexidade deste desafio ser atenuada?
Antes de dar esse passo, importa saber que os operadores logísticos internacionais enfrentam uma vasta gama de desafios, desde lidar com diferentes moedas (e as suas flutuações) e regulamentações, até navegar em culturas e idiomas totalmente distintos. Superar esses obstáculos exige soluções flexíveis e personalizadas que minimizem os riscos e maximizem a eficiência.
Um dos principais desafios para as empresas de logística que operam além-fronteiras é a gestão de pagamentos e cobranças internacionais. As flutuações cambiais podem ter um impacto significativo nos custos, lucros e previsibilidade do negócio, enquanto as taxas de transação internacionais podem ser altas e onerosas. Além disso, as diferentes regulamentações e requisitos de conformidade em cada país podem tornar o processo de pagamento complexo e moroso.
Assim, é fundamental que as empresas logísticas que se pretendam internacionalizar encontrem um parceiro que lhes permita adotar soluções financeiras robustas, capacitando-as para o crescimento internacional. Empresas como a Ebury conseguem assegurar um conjunto abrangente de serviços, incluindo pagamentos e cobranças internacionais em mais de 100 moedas, empréstimos a empresas e gestão de riscos cambiais através de instrumentos de hedging.
Estes parceiros tornam-se imprescindíveis na medida em que reduzem os custos (por exemplo através da oferta de taxas de câmbio mais competitivas); otimizam a eficiência (o processo de pagamento é automatizado, eliminando a necessidade de trabalho manual e reduzindo o risco de erros); oferecem maior transparência e controlo (ferramentas de rastreamento e relatórios que permitem às empresas monitorar seus pagamentos em tempo real e ter um melhor controlo sobre suas finanças); e simplificam os requisitos de conformidade (garantem que os pagamentos estão em conformidade com as regulamentações internacionais, reduzindo o risco de multas e sanções).
Num mercado cada vez mais competitivo, onde o setor tem atravessado múltiplas transformações impulsionadas por eventos imprevisíveis e causadores de grande instabilidade, as empresas logísticas não se podem dar ao luxo de dar um passo em falso no processo de internacionalização. A jornada nunca será fácil, mas a adoção de soluções financeiras robustas facilita seguramente o caminho e pode capacitar a empresa para um crescimento internacional seguro e sustentável.
David Brito | Diretor-geral | Ebury