As obras da estrada nacional 3 na Azambuja estão a preocupar os autarcas da região devido aos constrangimentos com o tráfego, visto ser uma estrada muito movimentada e pela qual passam, em média, cerca de 8.000 veículos pesados diariamente.
De acordo com as informações avançadas ao jornal O Mirante, trata-se de um investimento de 1,7 milhões de euros que irá decorrer entre Vila Nova da Rainha e Espadanal, numa extensão de cerca de 680 metros, procurando reforçar a melhoria da segurança rodoviária com a reformulação da geometria do traçado existente, através da construção de duas rotundas e introduzir um separador central entre as mesmas.
À fonte, o Presidente da Câmara da Azambuja, Silvino Lúcio, revela que foram apresentadas algumas medidas de mitigação à Infraestruturas de Portugal (IP), mas pelo menos uma delas já foi descartada, a da possibilidade de realização dos trabalhos em período noturno, de modo a evitar o engarrafamento durante o dia.
Silvino Lúcio lamenta a decisão da IP, acrescentando que esta deveria ter reunido com as empresas sediadas na plataforma logística, para lhes explicar os trabalhos e tentarem encontrar soluções para minimizar os transtornos. “Vai haver uma faixa interrompida e sabemos o fluxo anormal que aquela estrada tem. Vai ser muito complicado”, comentou ao O Mirante.
André Salema, presidente da Junta da Azambuja, também demonstrou a sua preocupação na última Assembleia de freguesia. A obra “irá trazer grandes transtornos”, refere ainda, apontando que os trabalhos vão durar ano e meio, decorrendo apenas em período diurno.
A fonte também avança que André Salema apresentou à Câmara Municipal um conjunto de medidas que considerou importantes para mitigar os contratempos previstos, como a instalação de painéis de aviso na A1 a informar dos constrangimentos e a informar das duas saídas para a Azambuja: uma em Aveiras de Cima, que não é afetada pelas obras, e outra no Carregado, que obriga a fazer esse troço da EN3 até à Azambuja. Silvino Lúcio garantiu à fonte ter encaminhado as medidas apresentadas para a IP.
As obras ainda não têm data de início prevista, mas os autarcas antecipam que esteja para breve.