A Nokia atua no mercado das redes privadas wireless 4G e 5G e apoia as empresas que procuram por digitalização e automação. Na área da logística, a conectividade privada wireless 5G pode ser uma mais-valia, de acordo com David de Lancellotti, vice-presidente da Enterprise Campus Edge Business da Nokia, citado pela Supply Chain Digital.
A empresa continua a ajudar os clientes a acelerar e a simplificar a digitalização industrial, inclusive através do edge industrial MXIE, redes privadas wireless, wi-fi industriais, routeadores e até drones, ou seja, os dispositivos necessários para conectar pessoas e máquinas. Além disso, a Nokia oferece ainda uma ampla gama das suas próprias aplicações industriais e de terceiros para introduzir robôs de controlo remoto, digital twins ou trabalhadores digitais. Estas soluções podem ajudar a simplificar a digitalização em fábricas ou em centros logísticos que desejem beneficiar da Indústria 4.0.
“Ajudamos os clientes a simplificar e acelerar a sua transformação digital pré-integrando todos esses componentes”, afirma David de Lancellotti, acrescentando que “isso significa que eles não precisam de se preocupar em coordenar vários fornecedores e podem acelerar significativamente o seu tempo de entrada no mercado”. De acordo com o vice-presidente, 80% dos seus clientes obtêm o retorno do investimento em digitalização num período de seis meses.
A má conectividade da rede está a afetar a área da logística, principalmente no que diz respeito aos armazéns. Uma pesquisa da Association of British Insurers (ABI) estima que o mercado da logística na Europa perderá mais de mil milhões de euros em receita ao longo de 2024 devido a conectividade inadequada. Embora o wi-fi tenha um papel importante, centros logísticos e armazéns altamente automatizados exigem uma camada de conectividade wireless crítica para suportar os níveis de automação e mobilidade.
David de Lancellotti destaca um dos clientes da Nokia que possui 50 robôs de picking num único centro de micro-atendimento (MFC), e que a rede privada 5G e uma edge industrial ofereceram-lhe uma baixa latência e uma alta largura de banda necessária para um MFC altamente automatizado com vários robôs de picking e AGV’s. “Esta solução é escalável, fácil de implementar e não requer um investimento inicial, tornando-se uma escolha pragmática para PME’s, incluindo as do setor da logística”, afirma.
O vice-presidente acredita que a conectividade privada wireless 5G tem o potencial de revolucionar a área da logística, permitindo um aumento até 25% no tempo de ciclo para robôs móveis ou para AGV’s, bem como uma redução de 60% no consumo de energia e nos custos relacionados.
Esta solução facilita a transferência contínua de AGV’s entre pontos de acesso, permite uma redução da latência e ainda o rastreamento de ativos em tempo real ao longo da cadeia de abastecimento, otimizando a eficiência e produtividade.
Uma pesquisa efetuada pela Nokia evidenciou que cerca de três quartos dos primeiros a adotar o 5G e a edge industrial, viram uma redução dos seus custos operacionais em, pelo menos, 10%, enquanto uma proporção semelhante experimentou um aumento de mais de 10% na produtividade. Para David de Lancellotti isto não é surpreendente, uma vez que os robôs autónomos e sensores conectados via redes 5G podem otimizar e acelerar o movimento de mercadorias, reduzir os desperdício e melhorar a gestão geral do local.