A diversificação da cadeia de abastecimento é uma estratégia fundamental para alavancar a resiliência, potenciar a centralidade no cliente, impulsionar a rentabilidade, promover a sustentatibilidade e ganhar vantagem competitiva. Esta é a conclusão principal do relatório de tendências da DHL “Supply Chain Diversification”.

Fazendo uma projeção, o relatório estima que, com o acelerar da disrupção, cadeias de abastecimento diversificadas deverão tornar-se mais relevantes. De acordo com os autores do estudo, a experiência recente mostra que as empresas que optaram por diversificar a supply chain estão mais bem posicionadas para navegar nas incertezas e aproveitar as oportunidades emergentes. “O novo normal de hoje requer uma avaliação contínua e reconfigurações mais regulares da cadeia de abastecimento, de modo a corresponder às novas exigências, mantendo e melhorando a agilidade a a resiliência”, pode ler-se no documento.

Além disso, a transparência e a visibilidade em toda a cadeia de abastecimento são imperativas e a base do sucesso, com a tecnologia mais atual, ferramentas de gestão da supply chain e fortes parcerias a desempenharem um papel crucial.

Porém – ressalvam os analistas – é importante perceber que, na diversificação da cadeia de abastecimento, não há um modelo que sirva a todos. A situação de cada empresa é única e fatores individuais, como a dinâmica do mercado, os objetivos de neg+ocios e a capacidade e vontade de assumir riscos, devem ser tidos em consideração.

A diversificação assume várias dimensões, podendo oscilar entre simples ajustes e reconfigurações globais. Tendo em conta que cada cadeia de abastecimento é única, o relatório propõe um modelo assente em quatro dimensões que permitem às empresas avaliar o seu estado, navegar entre as diferentes opções e desenvolver uma abordagem à medida das suas necessidades.

Assim, a primeira dimensão envolve a diversificação geográfica dos fornecedores, de modo a mitigar riscos operacionais, de compliance ou de reputação. A segunda dimensão foca-se na quantidade, por via da introdução de fornecedores redundantes, na mesma localização, e com o objetivo de gerir riscos financeiros ou operacionais que impeçam a entrega a tempo.

Acrescentar meios de transporte é a terceira dimensão deste modelo, permitindo reduzir riscos operacionais ou volatilidades na procura. Finalmente, a diversificação das operações logísticas: implica aumentar a capacidade, com hubs, armazéns ou centros de distribuição, mas também pode envolver a externalização de algumas atividades, sempre com o objetivo de ter alternativas que evitem disrupções na cadeia de abastecimento.