A Comissão Europeia planeia impor tarifas alfandegárias a produtos abaixo dos 150 euros, vendidos por websites chineses como Temu, SHEIN e AliExpress, de forma a travar o aumento de produtos de “qualidade inferior” provenientes desse país, e criar condições equalitárias para os retalhistas online, segundo a CLECAT.
No final deste mês de julho, a Comissão Europeia irá sugerir a supressão do atual limite de 150 euros abaixo do qual os artigos podem ser adquiridos com isenção de diretos, de acordo com o Financial Times. Assim, o preço final dos produtos poderá subir, visto que o custo para os fabricantes também irá aumentar.
Em 2023, 2.3 mil milhões de produtos enquadrados neste limiar entraram na União Europeia. Este aumento é parcialmente justificado pelos custos de envio subsidiados da China, tornando mais económico enviar os produtos baratos por via aérea.
A entidade europeia preocupa-se com a entrada de produtos perigosos na União Europeia, entre eles cosméticos, brinquedos, aparelhos eletrónicos e roupa. A Toy Industrie of Europe indicou que comprou 19 brinquedos na Temu, em fevereiro deste ano, e nenhum cumpria os padrões europeus, sendo que 18 colocam em perigo a segurança das crianças. Face a isto, a Temu confirmou que os 19 brinquedos em questão já não estão disponíveis para venda.