A divisão de carga da Air Partner transportou 49 toneladas de ajuda humanitária para Gaza no mês passado, em parceria com a Egypt Air. A operação envolveu um único voo charter, utilizando um Airbus A330-200F, afirmou o grupo de serviços de aviação. Devido ao conflito em curso, que resultou em fronteiras fechadas, o voo descolou do Dubai e aterrou em Al Arish, no Egipto, antes de ser transportado para Gaza.
Operar a partir de aeroportos internacionais permitiu que quaisquer potenciais questões relativas a licenças e direitos de tráfego fossem facilmente organizadas antes da missão, afirmou a Air Partner, que coordenou com uma agência local e um transitário nos EAU para garantir que a entrega fosse bem sucedida e atempada.
A Air Partner explicou ainda que o principal desafio, dado que o carregamento de ajuda humanitária continha medicamentos, foi ser necessário que houvesse um controlo de temperatura a bordo, mantendo o conteúdo entre 15-25 graus Celsius. Pierre Van Der Stichele, vice-presidente de carga global da Air Partner, comentou: “As décadas de experiência da Air Partner no manuseamento de cargas urgentes, sensíveis e que salvam vidas fizeram da nossa equipa uma parte crucial dos esforços de socorro em todo o mundo. Estou orgulhoso do empenho contínuo da nossa equipa no transporte cuidadoso e eficiente da ajuda humanitária com um nível de rapidez e agilidade em que os nossos parceiros podem confiar.”
De realçar que a Air Partner já havia realizado este ano uma operação semelhante para fazer chegar a Gaza centenas de toneladas de ajuda humanitária. Em concreto, foram três voos, em cargueiros Boeing 747-400, cada um transportando cerca de 85-90 toneladas de ajuda, incluindo abrigos temporários. Dois dos voos descolaram do aeroporto de Liège, na Bélgica, e o terceiro voo partiu do aeroporto de Nairobi, no Quénia, todos com destino ao Aeroporto Internacional de Larnaca (LCA), no Chipre.
Devido ao conflito em curso, que resultou no encerramento das fronteiras, a ajuda foi transportada para o Chipre, a fim de ser transportada por via marítima para o cais flutuante construído ao largo da costa de Gaza. “Operar a partir de aeroportos internacionais permitiu que quaisquer questões potenciais relativas a licenças e direitos de tráfego fossem facilmente organizadas antes da missão”, afirmou na altura a Air Partner. “O principal desafio envolveu o carregamento eficiente da carga devido à necessidade de a paletizar, o que fez com que a aeronave atingisse a sua capacidade de peso antes do seu limite de volume. Estávamos limitados em termos de volume útil de carga, mas conseguimos transportar o número máximo de artigos de ajuda humanitária a um preço competitivo”, explicou ainda na ocasião a empresa.