Nos primeiros cinco meses de 2024, as exportações da indústria alimentar e das bebidas alcançaram um crescimento de 10,64% face a igual período de 2023, o que traduz vendas no valor de €3 345 milhões, revelam os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Com a União Europeia a representar €2 241 milhões nas exportações desta indústria, os dados do INE permitem ainda perceber que nos primeiros cinco meses de 2024, e por comparação a igual período homólogo de 2023, há uma variação de 14,81% ao nível das exportações para os 27 Estados-membros.

As exportações para países extra União Europeia, que haviam decrescido no primeiro trimestre do ano por comparação a igual período de 2023, começam a revelar alguma pujança. Nos primeiros cinco meses de 2024 as vendas alcançaram €1 104 milhões, ou seja um crescimento de 3,05% face a igual período do ano passado

Ainda por comparação a igual período de 2023, o défice da balança comercial da indústria alimentar e das bebidas decresceu nos primeiros cinco meses do ano e situa-se agora em 7,27%.

“Os dados do INE revelam que a indústria alimentar e das bebidas está, uma vez mais, a responder às expetativas, mesmo quando tem de enfrentar situações complexas ao longo de toda a cadeia. Os próximos tempos continuarão a ser marcados por uma elevada imprevisibilidade e muitos desafios à vida das empresas, mas acredito que o espírito de cooperação e união em prol da competitividade e da sustentabilidade da indústria portuguesa agroalimentar irão marcar cada vez mais o futuro da economia nacional”, afirma Jorge Henriques, presidente da FIPA.

 

Segundo a FIPA. a indústria alimentar e das bebidas é a indústria transformadora que mais contribui para a economia nacional, tanto em Volume de Negócios (€22,4 mil milhões) como em Valor Acrescentado Bruto (€3,8 mil milhões). Primeira indústria transformadora que mais emprega (é responsável por mais de 112 mil postos de trabalho diretos e cerca de 500 mil indiretos) assume, simultaneamente, uma grande importância no desenvolvimento do tecido empresarial – nomeadamente nas zonas do interior onde o setor situa as suas unidades industriais – e na afirmação do potencial de evolução da autossuficiência alimentar do país.