Há novos desenvolvimentos relativamente à Plataforma Logística da Pampilhosa, nomeadamente recentes orientações da União Europeia para o desenvolvimento da Rede Transeuropeia de Transportes que colocam esta plataforma logística como o “principal terminal rodoferroviário neste conjunto de infraestruturas e gestão de transportes”, avança a Câmara Municipal da Mealhada.

A Câmara Municipal da Mealhada, em conjunto com os portos de Aveiro e da Figueira da Foz, irá lançar o concurso para a elaboração do estudo dos modelos de negócio e exploração da futura Plataforma Logística da Pampilhosa (PLP), que será “um dos equipamentos classificados como principais no país em matéria de distribuição e transporte de mercadorias”, segundo autarquia.

Pode ler-se no site da Câmara Municipal da Mealhada que “esta decisão está devidamente expressa no Regulamento n.º 2024/1679 do Parlamento Europeu e do Conselho de 13 de junho de 2024, relativo às novas orientações da União Europeia para o desenvolvimento da Rede Transeuropeia de Transportes, revogando a anterior decisão nesta matéria”.

Os trabalhos para o estudo incluem a definição do modelo operacional da PLP, identificação e análise de benchmarking das plataformas logísticas ibéricas, um estudo de mercado, identificação e caracterização das infraestruturas e superestruturas a construir, opções de financiamento e viabilidade económica, entre outros temas.

O concelho da Mealhada, através da estrutura da Pampilhosa, faz parte do Corredor Atlântico da Rede Europeia, que se espera concluído até 2030, com um total de nove corredores em todo o continente.

António Jorge Franco, presidente da Câmara da Mealhada, assume que “este é um projeto que se arrasta há muitos anos e que já sofreu muitas alterações, mas de há dois anos a esta parte, ganhou força e uma nova dimensão, graças à nossa insistência por acreditar que o projeto é estratégico para a região centro. Daí termos criado esta parceria com os portos de Aveiro e da Figueira da Foz”. Acrescenta ainda que o protocolo de entendimento “foi fundamental para colocar este assunto na agenda local, nacional e da Europa”.

O autarca acredita que o projeto “tem todas as condições para avançar”, uma vez que se encaixa “perfeitamente nas metas da União Europeia quanto à redução das emissões líquidas de gases com efeito de estufa em, pelo menos, 55% até 2030, em comparação com os níveis de 1990”. António Jorge Franco defende que “é vital para aquelas metas a criação de portos secos que privilegiam o transporte ferroviário, tirando o transporte de mercadorias das nossas estradas”.