O Governo desafiou a autarquia do Porto a reformular a logística urbana, com o objetivo de a tornar mais sustentável e descongestionada. Na base, os projetos piloto que estão a ser desenhados para Lisboa neste âmbito e no da micromobilidade.

O desafio foi protagonizado pelo ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, no contexto da inauguração da extensão da Linha Amarela do Porto.

Citado pela agência Lusa, o governante deixou uma questão: “Como é que nós podemos impedir ou mitigar os camiões e os autocarros que estão a aceder à cidade para abastecer todo o tecido económico? É essa mudança que temos que fazer”.

E, para esse desígnio, podem contribuir meios de transporte como o metro, mas também veículos mais ligeiros, “elétricos de preferência, que possam fazer a última milha de abastecimento aos restaurantes, às lojas, aos centros comerciais”.

O Porto tem um plano de logística urbana sustentável (PLUS), que data de 2021 e que visa melhorar os constrangimentos e a poluição associados às entregas na cidade. Nele refere-se que “a circulação de veículos de transporte de mercadorias e as atividades relacionadas com a logística urbana condicionam a mobilidade na cidade, ao mesmo tempo que são elas próprias condicionadas pelas circunstâncias atuais: congestionamento, estacionamento ilegal e abusivo“.

Relativamente à utilização de meios de mobilidade suave, a Câmara afirma querer promover “a consolidação de mercadorias e utilização de modos suaves em locais de forte pressão turística e em que a morfologia urbana não favorece a circulação automóvel”.