Um ano após a entrada no mercado português, a Fracht Portugal, subsidiária do transitário suíço, apresenta um balanço “claramente positivo”. Pedro Moreira, CEO da empresa, conta à SCM como foram os primeiros 12 meses e quais as expectativas de crescimento e objetivos para os próximos.

1. Um ano após a entrada da Fracht em Portugal, qual o balanço que faz?
O balanço é claramente positivo. Implementámos a marca Fracht no mercado português em tempo record, que, estou convicto, hoje é reconhecida por todos os players do setor. Apesar do prestígio profissional de toda a nossa equipa, escolhida individualmente e de forma cirúrgica, foi necessária uma dose extra de ambição, compromisso, rigor, profissionalismo e paixão para ultrapassarmos a barreira do reconhecimento da marca – algo que tínhamos identificado desde o início. Felizmente, esse reconhecimento foi, em grande parte, conquistado pela experiência dos nossos clientes e parceiros. Com os clientes, devido ao nível de serviço, com os nossos parceiros, fruto do cumprimento dos nossos compromissos, a nossa taxa de fidelização é significativamente acima da média do setor.
Hoje, podemos afirmar que alcançámos marcos importantes, como a certificação ISO9001 e IATA, a abertura do nosso escritório em Lisboa, a implementação da unidade Pharma, em que estamos a investir na certificação GDP (boas praticas de distribuição) e outros que ainda este ano irão concretizar-se. Estes resultados dão-nos uma enorme confiança para o futuro.

2. Quando a empresa entrou em Portugal, indicou que o objetivo seria apresentar soluções inovadoras e personalizadas e acrescentar valor às cadeias de abastecimento. Um ano depois considera que este objetivo foi alcançado?
Sim, acreditamos firmemente que alcançámos esse objetivo. Mas há sempre mais e melhor para fazer. Sou, por natureza, muito exigente comigo e com as minhas equipas, sempre com o objetivo de melhor servir o cliente. Apesar da vasta experiência de cada um de nós, o nosso posicionamento é que cada cliente é único e, apesar dos processos operacionais serem transversais e standard, compete-nos a nós prestar um serviço taylor made. Não vamos abdicar deste posicionamento.
Isso permite-nos não apenas cumprir, mas muitas vezes superar as expectativas dos nossos clientes, ao implementar práticas que melhoram a eficiência e permitindo aos nossos clientes focarem-se com confiança no seu core business. Continuaremos a investir em tecnologia e no desenvolvimento técnico e motivacional da nossa equipa para garantir que estamos sempre à frente das tendências e desafios do mercado. Este compromisso reflete-se nos nossos resultados e no nosso Plano de Negócios, no qual todos estamos totalmente comprometidos.

3. Ainda nessa altura apontou um dos desafios como a inserção num “mercado competitivo”. Sentiram/sentem muito este desafio na atividade em Portugal? O que fizeram/fazem para ultrapassá-lo?
O mercado português é, sem dúvida, altamente competitivo e, sem surpresas, sentimos essa pressão desde o início. Adicionalmente, as circunstâncias globais que estão a impactar as economias, e Portugal não foge à regra, também não ajudam. Desde o primeiro dia que tínhamos confiança no projeto, no Grupo Fracht, internacionalmente muito forte, mas também sabíamos que o caminho seria de muito trabalho e é isso que temos feito, trabalhado muito, com seriedade e trilhando diariamente o nosso caminho. Temos um horizonte bem definido, sabemos para onde queremos ir.

4. Qual a estratégia de crescimento para o futuro? E quais os objetivos que delineia a curto e longo-prazo?
A nossa estratégia de crescimento baseia-se em três pilares fundamentais: crescimento sustentável, obsessão pelos clientes “Best in Class”, Great place to Work. A curto e médio prazo, estamos focados em consolidar a nossa presença no mercado português, fortalecendo ainda mais as nossas operações atuais e introduzindo novos serviços, como por exemplo o transporte rodoviário. A longo prazo, com a mesma ambição, pretendemos posicionar a Fracht como um transitário de referência no setor da logística em Portugal e internacionalizar as nossas operações para os PALOP, onde, apesar da forte presença em África, ainda não estamos presentes com representação própria.