Chama-se SCALE a nova ferramenta de avaliação de risco da cadeia de abastecimento, introduzida pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos da América (USDOC) e desenhada para diagnosticar potenciais perturbações na supply chain antes de estas ocorrerem.
A SCALE permite que o governo norte-americano pondere o risco da cadeia de abastecimento em toda a economia do país e, em seguida, fornece uma avaliação de diagnóstico aprofundada do que está a impulsionar esses problemas em qualquer setor específico. Para tal, centra-se em três áreas principais: a importância de um setor para o governo, a exposição desse setor a perturbações e a dificuldade que esse setor teria em recuperar de uma disrupção.
“Pensem nisto como o exame físico anual, combinado com os raios X, as análises ao sangue e a ressonância magnética”, disse o secretário adjunto do Comércio, Grant Harris, durante a cimeira da cadeia de abastecimento do USDOC, a 10 de setembro. Como exemplo, Harris apontou como a ferramenta teria sinalizado o equipamento de proteção individual (EPI) como uma área de risco sistémico no período que antecedeu a pandemia em 2020, o que poderia ter ajudado a evitar a escassez de EPI em todo o país, que prejudicou o sistema de saúde norte-americano enquanto o COVID-19 proliferava.
“Para sermos proativos, precisamos das ideias e dos conhecimentos certos, e precisamos de tornar os dados mais acionáveis”, afirmou Grant Harris. “A SCALE é uma ferramenta analítica pioneira porque revoluciona a nossa capacidade de compreender as vulnerabilidades sistémicas da cadeia de abastecimento, que representam riscos para a segurança económica e nacional dos EUA.”
A SCALE é a segunda ferramenta para a cadeia de abastecimento lançada pela administração Biden na sequência da pandemia, juntando-se à iniciativa Freight Logistics Optimizations Works (FLOW) de 2022. A FLOW foi concebida para recolher, agregar e tornar anónimas as informações partilhadas por portos, importadores e transportadores marítimos, a fim de ponderar a procura futura em relação à capacidade atual e manter o setor dos transportes marítimos a funcionar sem problemas face a potenciais faltas ou atrasos.