A DHL oficializou, esta terça-feira, o investimento de 25 milhões no terminal de carga no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, investimento esse que vai permitir triplicar a capacidade operacional. Uma obra aprovada, construída e equipada em dois anos, um período recorde, como sublinhou o managing director em Portugal, José Reis, no evento de inauguração.

Com uma presença em Portugal há 42 anos, a DHL Expresso chegou ao Porto em 2021, ano de que datam as instalações agora ampliadas: era, como destacou o gestor, um terminal considerado inovador, mas atingiu a sua capacidade máxima em dez anos, impondo-se a expansão.

Olhando para o norte como um “farol de dinamismo económico e cultural”, José Reis sustentou que a aposta no novo terminal personifica o compromisso da DHL com a região, mas também ratifica o seu propósito de “ligar pessoas e melhorar as suas vidas”,

Daí – afirmou – a “forte consciência ambiental” que presidiu à obra, com foco na eficiência energética do edifício, mas também na eletrificação da frota. E, ainda, com a preocupação de criar “um ambiente de trabalho seguro, confortável e estimulante” para as 200 pessoas que ali operam, “mais do dobro” das que trabalhavam no terminal inicial.

Quanto à capacidade operacional, vai triplicar, com a DHL a assegurar três voos diários a partir do Porto – em 2012, apenas operava um avião. Há outros números que suportam esta expansão: com 18.135 m2 de área total e 130 cais de carga, o novo terminal permite processar até 6500 peças por hora no caso das importações, o que traduz um crescimento de 150%, e de 5000 peças para as exportações, um acréscimo de 300%.

A expansão no aeroporto Sá Carneiro reflete – nas palavras do CEO da DHL Express Europa, Mike Parra – a “importância” de Portugal para o grupo. “Não há DHL sem Portugal”, comentou, destacando que este investimento visa suportar o crescimento de Portugal como entreposto logístico.

E, tendo em conta a “localização estratégica” do Porto, permite reforçar o seu papel enquanto plataforma para a Europa, mas também equacionar o seu contributo na localização a mercados transatlânticos. Em cima da mesa está, aliás, “como ligar o Porto aos Estados Unidos”, uma questão que disse ser potenciada pela expansão destas instalações.

Uma expansão que constitui uma oportunidade para as mais de 700 empresas alemãs que operam em Portugal, com um valor anual de negócios de cerca de 26 mil milhões de euros e 80 mil postos de trabalho direto. Este foi o quadro traçado, no evento, pela embaixadora da Alemanha, Julia Moran, segundo a qual Portugal oferece um conjunto de vantagens ímpar para a cooperação económica luso-alemã: localização, recursos humanos qualificados, pioneirismo na transição energética, segurança e estabilidade, e elevada qualidade de vida – “fator que não deve ser desvalorizado” na atratividade das empresas alemãs.

Numa intervenção por vídeo, o ministro da Economia, Pedro Reis, sustentou que o investimento agora inaugurado traduz “o compromisso de longo prazo da DHL com Portugal”, sendo que – disse – a empresa “representa o que a economia portuguesa mais prioriza”, ajudando a afirmar o país como plataforma para a circulação de mercadorias.

Por sua vez, o presidente da câmara da Maia, António Silva Tiago, abordou o “especial significado simbólico” que este investimento tem para a cidade e para a região. Uma região que – afirmou – apresenta “uma realidade empresarial dinâmica, capaz de alavancar inovação e de gerar, de forma sustentada, riqueza e emprego qualificado”. A expansão do terminal da DHL no aeroporto é, na sua perspetiva, um “exemplo concreto da robustez do ecossistema” e traduz “uma inequívoca atenção [da DHL] aos fenómenos de transformação da economia global”.