A depressão DANA atingiu Espanha no passado dia 30 de outubro. A região de Valência foi a mais afetada pelas chuvas torrenciais que causaram inundações por toda a cidade. Foram várias as pessoas que perderam as suas casas, os seus carros e, em muitos casos, a própria vida. Alguns dias após a tragédia, já começaram os trabalhos de limpeza e recuperação. Até ao momento já se contabilizam 270 vítimas mortais, mas estima-se que este número venha a aumentar. O setor logístico foi um dos mais afetados, e está agora a reerguer-se lentamente.

As catástrofes naturais são um dos desafios que têm o poder de paralisar ou afetar o setor logístico. No caso do porto de Valência, desde o dia 30 de outubro que tem visto as suas operações condicionadas pelo agravamento da situação meteorológica. Segundo a Autoridade Portuária de Valência, apenas ao dia de hoje, 4 de novembro, é que os terminais retomaram as operações de entrega e receção de contentores, “com o intuito de evitar o colapso das cadeias logísticas”.

De todas as infraestruturas de ligação de transporte, a estrada foi a mais afetada. No passado dia 30 de outubro, Carlos García, secretário-geral da Federação Valenciana de Empresários do Transporte e Logística (FVET), indicava que a atividade estava “totalmente parada” e que naquele momento havia “muitas empresas com parte da sua frota bloqueada”. Muitos dos condutores tiveram mesmo de ficar retidos nas estradas durante a noite. Nesta nota, o responsável considerava que seria “muito cedo” para antecipar um retorno à normalidade. “Devido ao estado das estradas e das principais zonas industriais, como a de Riba-roja, é muito provável que até, pelo menos, à próxima semana não possamos falar de uma relativa normalidade”.

As reativações das infraestruturas de transporte, tanto a nível rodoviário como ferroviário, está a decorrer lentamente. As equipas militares já estão no terreno para ajudar nas tarefas de limpeza e reorganização. “Disponibilizamos 300 especialistas da Direção Geral de Estradas de Rodagem, já se retiraram mais de 2.000 automóveis e camiões danificados, e já foram retiradas centenas de toneladas de lama e entulho. Além disso, foi lançada a limpeza de túneis, a construção de desvios provisórios e reparação de viadutos e pontes”, dizia Pedro Sánchez, presidente do Governo espanhol, no passado dia 3 de novembro, segundo o El Mercantil. Quanto à rede ferroviária, os danos maiores registaram-se na rede Cercanías, mas as linhas C5 e C6 já foram reabertas.

Ajuda humanitária

O Governo também adotou medidas para “facilitar a chegada e distribuição de alimentos, que é uma das principais preocupações que as autoridades públicas têm, e de bens de primeira necessidade junto da população: levantamento das restrições dos horários de descanso da condução dos transportadores, recorrendo ao exército para reforçar linhas logísticas e distribuir milhares de litros de água engarrafada e rações alimentares à população”, afirma o responsável político, citado pelo El Mercantil.

A diretora da Cáritas Valenciana, Aurora Aranda, apela a toda a ajuda possível. “O que estamos a fazer é recolher, não só fisicamente, mas organizacionalmente ao nível das empresas, associações, entidades, particulares e voluntários, todas as ofertas de ajuda, seja de que tipo for”. No entanto, é preciso que todos os trabalhos de limpeza de estradas estejam concluídos para levar ajuda a quem mais precisa. “Temos de esperar que as estradas de acesso sejam desobstruídas para podermos iniciar a ajuda nas tarefas de limpeza, fornecimento de recursos, roupa e alimentos (…)”.

Vários civis espanhóis disponibilizaram-se prontamente para ajudar não só nos trabalhos de limpeza, mas também em recolher bens para distribuir pela população afetada. Alguns Centros de Ajuda Cristã transformaram-se em pontos de recolha para a campanha humanitária. Com o auxílio de 400 voluntários já foram recolhidas mais de 38 toneladas de alimentos, 31.000 litros de água, roupa e mantas.

 

Grupo Paulo Duarte leva água potável às populações afetadas

Para dar resposta imediata aos efeitos devastadores da depressão DANA, que atingiu a comunidade valenciana, em Espanha, e deixou milhares de pessoas sem acesso a água potável, o Grupo Paulo Duarte, através da empresa espanhola Hur Trans, especializada no transporte de líquidos alimentares, mobilizou-se para garantir o abastecimento deste recurso essencial às populações afetadas.

Desde a última sexta-feira, a HurTrans iniciou a entrega de água portável nas zonas mais críticas da comunidade valenciana, onde a depressão DANA trouxe chuvas intensas e inundações, comprometendo o acesso à água potável a inúmeras famílias.

Esta ação de apoio conta com o empenho direto de colaboradores do Grupo Paulo Duarte, que se voluntariaram para auxiliar na logística da distribuição de água, assegurando que a ajuda chega o mais rapidamente possível aos locais afetados. “A depressão DANA criou uma situação de emergência e sentimos o dever de colocar a nossa experiência e capacidade logística ao serviço da comunidade”, afirmou Gustavo Paulo Duarte, CEO do Grupo Paulo Duarte. “Estamos empenhados em garantir que as populações recebam o apoio necessário para enfrentarem este momento crítico e para restabelecerem a normalidade o mais rápido possível”, acrescentou.

Foto: Eva Manez/Reuters